quinta-feira, 10 de março de 2022

O ocaso precoce de Neymar

A eliminação do Paris Saint Germain da Champions League, ontem, na derrota por 3 x 1 para o Real Madrid, de virada, no Santiago Bernabeu, trouxe duas duras constatações. A primeira, com mais uma desclassificação do clube francês, é a de que seu projeto de conquistar o maior título do futebol europeu parece fadado a não se concretizar, por maiores que sejam os gastos e grandes jogadores reunidos. A outra é o ocaso precoce de Neymar que, com 30 anos recém completados, está em curva descendente na sua carreira. Pela primeira vez, Neymar encerrou sua participação numa edição da Champions League sem marcar nenhum gol. Nos anos mais recentes, Neymar tem se lesionado com frequência. Seus lances de maior inspiração se tornaram escassos, assim como os gols, em desacordo com o valor astronômico da sua remuneração. Fez uma aposta alta ao deixar o Barcelona, onde brilhava ao lado de Messi, e se transferir para o Paris Saint-Germain, pois pretendia ser a maior estrela do clube e se credenciar a ganhar o prêmio de melhor jogador do mundo. Nada saiu como o esperado. O clube francês, mesmo com grandes investimentos, ainda não conseguiu se ombrear com os maiores da Europa. Nem mesmo agora, que reuniu Messi a um grupo que já tinha outras estrelas como Neymar, Mbappe e Di Maria, conseguiu superar sua sina de não alcançar o título da Champions League. A cada ano parece mais improvável que Neymar e seu atual clube realizem os seus maiores sonhos. O título europeu continua longe do clube francês, e a chance de Neýmar ganhar o prêmio de melhor jogador do mundo é cada vez mais reduzida. Embora Neymar continue sendo o maior jogador brasileiro em atividade, a Seleçào Brasileira já não sente tanto a sua ausência. Neymar é o único craque brasileiro na atualidade, mas sua carreira não atingiu o nível de excelência que se projetava.