quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Sem motivos para entusiasmo

O tempo voa, e Grêmio e Inter, após um mês de férias, fizeram, hoje, a abertura de suas atividades em 2013. No entanto, os torcedores de ambos os clubes tem pouco ou nenhum motivo para comemorar. No Grêmio, foram poucas as contratações, sem que qualquer delas empolgue o torcedor. Pelo contrário. Veteranos como Dida, de 39 anos, e Cris, de 35, vem se juntar a um grupo que já possui Zé Roberto, de 38 anos, Fábio Aurélio, de 34, Elano, de 31. Os demais contratados, Alex Telles e William José, embora jovens, são apenas apostas. Souza, titularíssimo e um dos melhores jogadores do time, ainda não teve sua permanência confirmada. Júlio César, lateral esquerdo de inegável qualidade, foi absurdamente dispensado. Na lateral direita, o clube segue tentando a manutenção de Pará, um jogador apenas razoável, sem qualidade suficiente para ser titular. As demais opções da posição, Tony e Edílson, são de preocupar o torcedor. O tão sonhado atacante de velocidade ainda não veio, se é que chegará. O Grêmio tentou durante um mês a contratação do chileno Vargas, do Nápoli, mas esbarrou na sua crônica falta de recursos, e o jogador deverá ir para o São Paulo. Aliás, a falta de dinheiro do Grêmio é algo que está comprometendo a vida do clube. Sabe-se que desde a falência da ISL, o Grêmio enfrenta problemas financeiros muito sérios. Desde então, o clube não ganhou mais títulos de relevância e só venceu três Campeonatos Gaúchos. Durante todo esse período, tentou agregar qualidade trazendo veteranos em fim de carreira, que vinham por preço módico, prática que continua a ser adotada pela nova administração e que, como já se viu, jamais trouxe  bons resultados. No Inter, o panorama é ainda mais desolador. O clube, durante o período de férias dos jogadores, não fez uma única contratação. Nem mesmo para a lateral direita, posição para a qual não há ninguém no grupo, foi trazido algum jogador. O Inter só terá competições mais importantes bem depois do Grêmio, por estar fora da Libertadores, o que, talvez, explique a sua lentidão em contratar. Porém, é uma postura equivocada, pois quando resolver ir ao mercado, os bons jogadores já terão sido adquiridos por outros clubes. Outro fator que pesará contra o Inter é que, pelo menos até setembro e, possivelmente, no restante do ano, terá de realizar seus jogos no Estádio Francisco Stédile, do Caxias, em Caxias do Sul, a 116 quilômetros de Porto Alegre. Jogando num estádio menor, e longe dos frequentadores habituais do Beira-Rio, o Inter, certamente, perderá muito de sua força. Como se vê, o ano não começa promissor para os torcedores de Grêmio e Inter. As frustrações dos dois clubes em 2012, infelizmente, tem tudo para se repetir em 2013.