sábado, 16 de novembro de 2019

Renato pisou na bola

Ninguém discute a relevância de Renato na história do Grêmio. Como jogador, Renato foi o maior da história do clube. Também é vitorioso como técnico, estando no cargo, no Grêmio, pela terceira vez. Todo esse sucesso, levou Renato a ganhar uma estátua na esplanada da Arena. Homenagem merecida. O problema é que, por ser extremamente bem sucedido, Renato acha que pode tudo, inclusive fazer convites em nome do Grêmio, o que, evidentemente, é inadmissível. Renato convidou o presidente Jair Bolsonaro para assistir ao jogo contra o Palmeiras, no Allianz Parque, na próxima semana. Afora fazer esse aceno a uma figura execrável, Renato extrapolou de suas funções. Só os dirigentes podem fazer convites em nome do clube. Renato é  um funcionário do Grêmio, não ocupa um cargo de representação no clube. A atitude de Renato, como não podia deixar de ser, repercutiu negativamente junto a torcedores do clube, renomados ou anônimos. A verdade é que Renato pisou na bola, e feio. Todos tem direito a liberdade de expressão, o que confere a Renato a possibilidade de manifestar suas preferências políticas, por mais absurdas que elas sejam. No entanto, não pode confundir sua pessoa com o clube. Renato não tem o direito de falar em nome do Grêmio, ainda mais externando simpatia por uma figura detestada por muitos. Está mais do que na hora de os dirigentes do Grêmio mostrarem a Renato os seus limites hierárquicos dentro do clube.