quarta-feira, 14 de junho de 2023

Tempestade em copo d'água

Bastou ser divulgada a notícia do pedido de penhora da Arena do Grêmio para que torcedores e cronistas esportivos identificados com o Inter colocassem as manguinhas de fora. Ávidos para criar problemas no Grêmio, fizeram uma tempestade em copo d'água. Na verdade, o Grèmio não sofrerá prejuízos. No contrato firmado entre o Grêmio e a construtora OAS, os interesses do clube estão devidamente resguardados. O Grêmio não corre nenhum risco de não ter estádio para jogar. O contrato estabelece que, até 2032, o Grêmio tem o direito de realizar seus jogos no estádio. Os bancos estão cobrando a construtora pelo não pagamento de parcelas dos empréstimos que tomou para construir a Arena. Não é o clube que está sendo cobrado. O direito de superfície da Arena pertence ao Grêmio, ou seja, o clube é o dono do terreno onde o estádio foi erguido. No caso de ser realizado um leilão do estádio, o próprio Grèmio poderia tomar parte nele. O que os bancos desejam, claramente, é pressionar o devedor a lhes pagar. O único prejuízo que o clube sofre é na sua imagem, já que a penhora da Arena estimula a criação de "memes" e comentários depreciativos. Na prática, tudo no Grêmio permanece dentro do habitual.