segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Clubes indefesos

O caso envolvendo o Inter e o meiocampista Anderson evidencia que a atual legislação do futebol favorece apenas um dos lados, o do jogador. Anderson chegou ao Inter em 2015, e assinou contrato por quatro anos, com um alto salário. No entanto, Anderson jamais correspondeu em campo, e o Inter não consegue se livrar dele. O jogador não pretende aceitar uma rescisão de contrato. Sua situação é cômoda, pois tem contrato em vigor, e o clube é obrigado a pagar o seu salário. O Inter, dessa forma, tem de continuar com um jogador que está fora dos seus planos, e que gera um alto custo mensal. Casos como esse mostram clubes indefesos, por conta de uma legislação que os penaliza de modo excessivo. As relações entre clubes e jogadores carecem de uma nova regulamentação. Os clubes são o cerne do futebol, despertam a paixão de milhões de pessoas. Eles não podem continuar a serem reféns de contratos mal feitos. Não havendo o acordo entre as partes, a lei deveria permitir o rompimento unilateral de contrato. Como está, a legislação premia jogadores desinteressados, e penaliza os clubes. Um quadro que não pode persistir.