sexta-feira, 8 de julho de 2016

Os dois anos do 7 x 1

O tempo parece passar cada vez mais rápido, e, ainda que tenha-se a impressão de que tudo aconteceu ontem, completam-se, hoje, dois anos da fatídica goleada de 7 x 1 da Alemanha sobre a Seleção Brasileira, na Copa do Mundo de 2014. O 8 de Julho acabou se constituindo no que se supunha ser impossível, ou seja, uma data que supera em dor e frustração ao 16 de julho, o dia do Maracanazo. Afinal, a derrota para o Uruguai, na Copa do Mundo de 1950,  foi por um placar digno, 2 x 1. Os 7 x 1, no entanto, representam uma humilhação que nunca será esquecida pelos brasileiros. O pior é que o descalabro administrativo do futebol brasileiro, cujo reflexo foi esse resultado vexatório, em nada se modificou, pelo contrário. Logo após o desastre, a solução buscada foi a recondução de Dunga ao cargo de técnico da Seleção Brasileira. A medida, é  claro, não podia dar certo. Dunga teve dois anos muito fracos na sua volta à Seleção, e acabou demitido. Foram, portanto, dois anos perdidos para a reconstrução da imagem da Seleção Brasileira. Agora, essa tarefa será de Tite, cercado de expectativa positiva da opinião pública. Técnico reconhecidamente competente, Tite  tem boas chances de ter êxito no seu trabalho. Porém, a recuperação integral da imagem da Seleção Brasileira não se dará em pouco tempo. A reorganização do futebol brasileiro, há tanto tempo adiada, seria a melhor maneira de restituir à Seleção o seu antigo brilho. Uma nova CBF, sem os atuais dirigentes, atolados em denúncias de corrupção, é o primeiro e decisivo passo que deveria ser dado nesse sentido.