sexta-feira, 31 de julho de 2020

Um candidato ao rebaixamento

O Santos é um dos três grandes clubes do futebol brasileiro que ainda não caíram para a Segunda Divisão. Os outros dois são Flamengo e São Paulo. Porém, depois do que se viu ontem, quando o Santos perdeu por 3 x 1, de virada, para a Ponte Preta, pelas  quartas de final do Campeonato Paulista, essa honrosa condição está perto de acabar. No atual contexto, o Santos é um candidato ao rebaixamento no Campeonato Brasileiro que irá se iniciar no dia 08/08. O clube está em crise, com o clube tendo reduzido os salários em 70%, de forma unilateral, em função da perda de receita com a paralisação do futebol em função da pandemia de coronavírus. Alguns jogadores entraram na Justiça para romper o vínculo com o clube. Nos  últimos quatro jogos, o Santos teve jogadores expulsos. O time está enfraquecido e o grupo tem poucas opções. Há frequentes saídas de jogadores, e não existe dinheiro para fazer contratações. Uma reversão desse quadro parece pouco provável com o Campeonato Brasileiro tão próximo de seu início. O mais surpreendente é a mudança abrupta de desempenho, pois o Santos foi vice-campeão brasileiro em 2019. Resta esperar que o Santos consiga, ainda que com dificuldade, ficar numa posição que evite o rebaixamento. A queda de um grande clube para a Segunda Divisão não é um prejuízo apenas para ele, mas para todo o futebol brasileiro. 

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Uma promessa que não se cumpre

Vez por outra, o futebol brasileiro revela um técnico "revolucionário" que, supostamente, está muito adiantado em relação aos seus companheiros de profissão, apontados como conservadores e adeptos da mesmice em termos táticos. Esses "fenômenos", é claro, surgem a partir da imprensa, sempre ávida em descobrir técnicos que façam o futebol brasileiro avançar e diminuir o fosso que o separa do que se pratica na Europa. O problema é que, em geral, esses gênios não correspondem às expectativas que giram em torno deles. Atualmente, há um exemplo claro disso. Uma promessa que não se cumpre, embora a enorme simpatia de setores da imprensa pelo seu trabalho. O profissional em questão é o técnico do São Paulo, Fernando Diniz. Desde o dia em que foi vice-campeão paulista pelo modesto Audax, há alguns anos, Diniz foi visto como um novo mago entre os técnicos de futebol, por vários cronistas esportivos. Seu estilo ousado, privilegiando a posse de bola e a ofensividade, encantou grande parte da imprensa. Com base nisso, clubes como Athletico Paranaense, Fluminense e, agora, o São Paulo, apostaram no trabalho de Diniz. Em nenhum desses clubes o trabalho de Diniz obteve êxito. Ontem, o São Paulo foi eliminado nas quartas de final do Campeonato Paulista pelo modesto Mirassol, um clube que perdeu 18 jogadores durante a paralisação do futebol em função da pandemia de coronavírus, e que jamais o havia derrotado anteriormente. Um vexame, agravado pelo fato de que o São Paulo não ganha o Campeonato Paulista há quinze anos. O São Paulo pode até insistir com Diniz, mas estará perdendo tempo. Diniz é o clássico exemplo do profissional pretensamente talentoso que jamais confirma, na prática, às qualidades que lhe são atribuídas. 

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Melhora

O bom futebol do Inter ressurgiu. Hoje, na Morada dos Quero-Queros, em Alvorada, o Inter venceu o Aimore por 2 x 0, sem maiores dificuldades, e mostrando um bom desempenho que ainda não havia sido visto após a paralisação do futebol pela pandemia de coronavírus. Outro dado de destaque é que Guerrero desencantou, e marcou os dois gols do jogo. O bom gramado ajudou o Inter a jogar melhor, como esperava o seu técnico, Eduardo Coudet. Porém, é preciso levar em conta que o Aimore é um adversário muito frágil, tanto que o segundo gol foi um verdadeiro presente, numa incrível falha técnica. O Inter, agora, em jogo único no qual será mandante, terá como adversário o Esportivo de Bento Gonçalves, pelas semifinais do Campeonato Gaúcho. O favorito é o Inter e, se a lógica prevalecer, deverá decidir o título do segundo turno com o Grêmio. 

Novo empate

O Grêmio empatou o seu segundo jogo consecutivo pelo Campeonato Gaúcho. Hoje, não saiu de um 0 x 0 com o Novo Hamburgo, na Arena Alviazul, em Lajeado. O fato de ter jogado com os reservas não serve como desculpa, pois foi uma escolha do próprio Grêmio. O gramado estava em péssimas condições, mas isso também não chega a ser uma atenuante. O fato é que o Grêmio está devendo em 2020, antes e depois da paralisação do futebol em função da pandemia de coronavírus. Não se pode esquecer que o Grêmio perdeu o primeiro turno do Gauchão para o Caxias. Na verdade, o que está sustentando o Grêmio, até aqui, são as duas vitórias sobre o Inter nos três grenais realizados até agora no ano, um deles pela Libertadores, que acabou empatado. Não fora isso, a cobrança do torcedor já estaria se fazendo sentir. Agora, o Grêmio irá jogar novamente  contra o Novo Hamburgo, pelas semifinais do segundo turno. Será em jogo único, tendo o Grêmio como mandante. Embora o Grêmio seja o amplo favorito, vai precisar mostrar um futebol bem mais convincente, não só para eliminar o Novo Hamburgo, mas para poder ganhar a competição.