domingo, 31 de julho de 2011

A queda de Vicente

Antônio Vicente Martins não é mais o vice-presidente de futebol do Grêmio. O que a torcida tanto desejava, finalmente concretizou-se. Na verdade, isso só não ocorreu antes porque o presidente Paulo Odone não queria ter o ônus de demitir um dirigente que também pertence ao conselho administrativo do clube. Odone partiu, então, para um processo de "fritura" de Vicente que o levasse a entregar seu cargo, o que acabou acontecendo. No entanto, a simples saída de Vicente não dá ao Grêmio a garantia de tempos melhores. Vai depender de quem vier para o seu lugar. Na quarta-feira, no jogo contra o Atlético-MG, será o técnico Julinho Camargo, apesar do pouco tempo no cargo, que deverá estar ameaçado de ser dispensado. Se o Grêmio não ganhar, Julinho deverá cair. Também nesse caso, a mera saída do técnico não será garantia de melhora, pois já quem fale na volta de Celso Roth. Isso não é uma simples especulação, é um ato de terrorismo contra o torcedor. Portanto, esperemos pelas novidades das próximas horas. Elas irão dizer se a torcida do Grêmio pode ter esperança de dias melhores, ou se irá mergulhar no desespero.

Entre a ruindade e a mediocridade

O futebol do Rio Grande do Sul está desanimador nas competições nacionais. Grêmio e Inter patinam na primeira divisão. Na segunda diivisão não há sequer um clube do Estado. Na terceira e quarta divisões, os clubes gaúchos não fazem boa campanha. Nesse fim de semana, não houve vitória gaúcha em qualquer das divisões. No que diz respeito aos dois maiores clubes do Estado, só decepções para os torcedores. O Grêmio mostra cada vez mais ruindade, e está a um passo de ingressar na zona de rebaixamento. O Inter, de sua parte, tem um desempenho medíocre, incompatível com uma folha de pagamento de R$ 6 milhões. Ainda que o adversário viesse de um empate com o São Paulo, no Morumbi, e uma vitória contra o Cruzeiro, no Serra Dourada, o 0 x 0 com o Atlético Goianiense é um tropeço inaceitável do Inter. Muitos irão alegar que o Inter teve desfalques, mas isso não explica o resultado. Com o time que colocou em campo, deveria ter forças suficientes para vencer. Afinal, embora não contasse com Bolatti, Guiñazu, Zé Roberto e Leandro Damião, e tenha estreado o jovem Delatorre, a  presença de nomes como D'Alessandro e Andrezinho deveria ser suficiente para alcançar a vitória contra o modesto Atlético Goianiense. Se o Grêmio faz uma campanha horrorosa, o Inter não está muito melhor. Tem apenas seis pontos a mais que o seu tradicional adversário. A reclamação de que o árbitro não permitiu a cobrança de uma falta no último minuto dos acréscimos é patética. A única penalidade que tem de ser cobrada independentemente do tempo de jogo é o pênalti. O árbitro agiu corretamente, pois foi o próprio Inter que retardou excessivamente a cobrança. A verdade é que o Inter está jogando muito pouco. A perspectiva de Grêmio e Inter no Campeonato Brasileiro é desalentadora.