segunda-feira, 25 de abril de 2016

Formulismo

O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, é um defensor ferrenho da volta do formulismo ao Campeonato Brasileiro. Em vez da fórmula atual, de pontos corridos, a única verdadeiramente justa para se apontar um campeão, e que é utilizada nos principais campeonatos do mundo, Romildo Bolzan Júnior prefere os execráveis cruzamentos entre grupos, sob a alegação de que são mais emocionantes e dão chances a um maior número de participantes, evitando a disparada de um clube em relação aos demais. Com a eliminação do Grêmio, ontem, no Campeonato Gaúcho, seria interessante saber como se sentiu o presidente do clube. Afinal, o Grêmio foi o primeiro colocado da fase classificatória, e foi eliminado nas semifinais pelo critério do gol qualificado. Os jogos de "mata-mata", sem dúvida, são muito emocionantes, mas nivelam os disputantes de forma artificial. Por não levarem em conta uma campanha, tornam os times mais fracos franco atiradores que nada tem a perder, e imputam aos tradicionais favoritos o peso de confirmar essa condição. Competições que adotam o formulismo podem até ser mais emocionantes, mas só os pontos corridos premiam o melhor trabalho ao longo de toda uma campanha, e não um resultado esporádico. O Corinthians, a exemplo do Grêmio, fez a melhor campanha no Campeonato Paulista, e foi eliminado num jogo único que terminou empatado, e foi decidido nos tiros livres da marca do pênalti. Pode até ser empolgante, mas é muito injusto. Tomara que a ideia de trazer o formulismo de volta ao Brasileirão não prospere, e a principal competição do país permaneça apurando os seus campeões com absoluta justiça.