terça-feira, 7 de julho de 2015

25 anos sem Cazuza

O tempo passa velozmente, e hoje se completam 25 anos da morte de Cazuza, o nome mais representativo do rock brasileiro. Inicialmente como integrante do grupo "Barão Vermelho", e, mais tarde, em carreira solo, Cazuza gravou grandes sucessos, que permanecem na memória de uma legião de fás e seduzem, também, as novas gerações. Músicas como "Eu Queria Ter Uma Bomba", "Todo Amor que Houver Nessa Vida",""Pro Dia Nascer Feliz", "Maior Abandonado", "Bete Balanço", "Exagerado", "Só As Mães São Felizes", "Ideologia", "Faz Parte do Meu Show", "Blues da Piedade" "Brasil", "Burguesia", "Codinome Beija-Flor", deram a Cazuza um reconhecimento não apenas momentâneo, mas um lugar cativo entre os grandes artistas brasileiros. Cazuza não se limitou ao rock, seu olhar se espraiou, também, em outras direções, como comprovou ao gravar "O Mundo é um Moinho", de Cartola. Talento brilhante, Cazuza faleceu no auge de sua criatividade, com apenas 32 anos, vitimado pela AIDS. Deixou uma imensa saudade, e seu nome inscrito como um dois maiores da música brasileira em todos os tempos.

Os 75 anos de Ringo Starr

Na data de hoje, Ringo Starr, o mais velho dos Beatles, completa 75 anos. Uma idade provecta, que ele atinge parecendo bem mais jovem. O segredo da boa forma talvez esteja na dieta rigorosa que mantém e na carreira a pleno vapor, sem nenhuma intenção de aposentadoria. Ringo lançou em março último, o seu mais recente disco, "Postcards From Paradise", e realiza turnês regulares pelo mundo, acompanhado pela All Starr Band. Considerado o menos talentoso dos Beatles, Ringo, no entanto, fez por merecer o seu lugar no panteão dos mitos do rock. Ringo não possui, é verdade, a mesma capacidade como compositor de John Lennon, Paul McCartney e George Harrison, mas isso não o impediu, por exemplo, de criar, em sua carreira solo, um clássico como "It Don't Come Easy". Ringo também realizou trabalhos como ator e, inclusive, seu segundo casamento, que já dura 34 anos, foi com a atriz e ex-Bondgirl, Barbara Bach. Em 2015, Ringo foi incluído no Rock'n Roll Hall Of Fame, de forma individual, sendo o último beatle a obter a distinção. Se não tinha o brilhantismo de seus companheiros de grupo, nunca faltaram a Ringo carisma e simpatia, o que lhe garantiu a visibilidade dentro dos Beatles. Só nos cabe desejar vida longa para Ringo, um ícone da música. Parabéns, Ringo!

A entrevista de D'Alessandro

Hoje pela manhã, o meio-campista D'Alessandro, maior ídolo da torcida do Inter na atualidade, concedeu uma entrevista coletiva. O fato, por si só, é rotineiro no futebol, e não mereceria ser objeto de uma análise neste espaço. Ocorre que o conteúdo do que disse D'Alessandro não pode passar em branco. Depois de reconhecer que a campanha do Inter no Campeonato Brasileiro não é boa, e que isso não permite que ele prometa ao torcedor a conquista do título, o jogador voltou suas baterias contra a imprensa. Certamente incomodado com as críticas que se avolumam contra o técnico do Inter, Diego Aguirre, cujo rodízio de escalações tem levado o clube a acumular maus resultados no Brasileirão, D'Alessandro aconselhou que os torcedores, até o dia da partida contra o Tigres, pelas semifinais da Libertadores, ouçam menos rádio e assistam pouca televisão, ocupando seu tempo em jogar Playstation com os filhos. D'Alessandro se utilizou, mais uma vez, de um recurso corriqueiro dos profissionais do futebol quando os resultados de campo são ruins, que é o de jogar a culpa na imprensa. No caso específico de D'Alessandro, essa prática, que é recriminável, torna-se ainda mais inaceitável, por se tratar de um jogador que, desde que chegou ao Inter, em 2008, tem sido incensado pela imprensa esportiva gaúcha, a qual, sabidamente, sempre foi majoritariamente colorada. Não é a primeira vez que D'Alessandro toma uma atitude desse tipo. Acostumado à bajulação, reage a qualquer crítica recebida. Habituado a "apitar" partidas, declarou, também, em sua entrevista, que as novas determinações da arbitragem, que punem as reclamações de jogadores com o cartão amarelo, são "um mal" para o futebol. Na verdade, D'Alessandro, mesmo já tendo 34 anos, é um jogador mimado, incapaz de conviver com a crítica. Não é de espantar que ele se porte assim. Alguns cronistas conseguiram ver na disparatada entrevista uma demonstração de liderança do jogador, chamando a torcida para cerrar fileiras em torno do clube. Diante de tamanha demonstração de parcialidade e sabujice por parte de profissionais de imprensa que deveriam primar pela criticidade e objetividade, é fácil entender por que D'Alessandro torce o nariz a qualquer comentário desfavorável para ele ou ao clube pelo qual joga.