segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Centenário de Herivelto Martins

O dia de hoje marca a passagem do centenário de nascimento de Herivelto Martins, um dos grandes compositores brasileiros. Ainda em 2012, serão completados, também, os 80 anos de seu falecimento. As novas gerações talvez não saibam quem foi Herivelto Martins, já que o Brasil não é um país que prime pela preservação de sua memória artística e cultural. Herivelto teve uma longa e exitosa carreira. Seu início na música se deu com a "Dupla Preto e Branco", em que fazia dueto com Francisco Sena. Mais tarde, Sena saiu e Herivelto se apresentou sozinho por um tempo, até formar uma nova dupla, com Nilo Chagas, com o mesmo nome da anterior. Os dois, depois, formaram, junto com a cantora Dalva de Oliveira, o "Trio de Ouro". Herivelto, que já tinha sido casado e era pai de dois filhos, uniu-se à Dalva, com quem viveu uma relação tumultuada. O casal teve dois filhos e o relacionamento acabou em total rompimento, com Herivelto obtendo a guarda dos meninos na justiça. Herivelto ainda vivenciou uma outra união, da qual nasceram mais dois filhos, e que só acabou com a morte de sua companheira, depois de 44 anos juntos. Como compositor, Herivelto foi autor de vários sucessos, e dois deles, pelo menos, estão entre as maiores criações da música brasileira, "Caminhemos" e "Ave Maria no Morro". São composições cujas letras são carregadas de lirismo e sentimento, sem resvalar na pieguice. Ao longo do tempo, foram regravadas por artistas de outras gerações, e talvez já esteja na hora de fazê-lo novamente, como uma forma de trazê-las ao conhecimento dos mais jovens. O Brasil possui uma música popular riquíssima e é necessário que ela seja devidamente valorizada. Por isso, datas como o centenário de nascimento de Herivelto Martins precisam ter o devido destaque. Não só hoje, mas durante todo o ano, seria interessante que fossem realizados shows e exposições, se escrevessem livros e se lançassem discos reverenciando a obra de Herivelto Martins, um grande compositor que não pode e nem deve ser esquecido.