domingo, 31 de março de 2013

Erros

O Grêmio empatou com o Passo Fundo em 1 x 1, hoje à tarde, no Vermelhão da Serra, pelo Campeonato Gaúcho. O resultado se explica por uma série de erros, cometidos antes e durante o jogo. O erro de antes da partida foi a escalação do Grêmio, mais uma vez com um time inteiramente descaracterizado, tendo apenas dois titulares, mesmo depois de uma derrota constrangedora para o Cruzeiro, na Arena. Mesmo assim, o Grêmio saiu na frente no placar, com um gol de pênalti, e se encaminhava para a vitória, quando o técnico Vanderlei Luxemburgo, a partir dos 23 minutos do segundo tempo, realizou três substituições absolutamente equivocadas, que fizeram o rendimento do time cair, proporcionando ao Passo Fundo a chance de empatar. O terceiro e decisivo fator foi a arbitragem. O árbitro Ânderson Daronco e os seus bandeirinhas tiveram uma atuação absolutamente calamitosa. No início do segundo tempo, Kléber sofreu um pênalti claríssimo, que não foi marcado por Daronco. Mais tarde, foi assinalado um impedimento absurdo de Vargas, que estava na mesma linha dos zagueiros, num lance que tinha tudo para resultar em gol. Um lugar comum do futebol expressa que "time bom passa por cima da arbitragem", o que não é verdade. Erros como os cometidos, hoje, pela arbitragem, determinam o resultado de um jogo, o que não pode ser admitido. Os erros de escalação e substituição de um técnico e os de desempenho dos jogadores em nada absolvem as falhas de árbitro e bandeirinhas. São coisas inteiramente diferentes. Os erros de técnicos e jogadores são circunstâncias naturais do futebol. As falhas de arbitragem subvertem a construção normal de um resultado e, portanto, não podem ser toleradas. Com tantos erros somados, em tantos níveis, a vitória do Grêmio seria altamente improvável. O pior para o Grêmio é que esse empate vem logo a seguir de uma derrota, o que o mantém em segundo lugar no seu grupo no Gauchão e muitos pontos atrás do Inter na classificação geral. Como na Libertadores sua situação também  não é confortável, não há como deixar de considerar que é muito pouco retorno para uma folha de pagamento que, se especula, é de R$10,5 milhões.