quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Uma ideia a ser repensada

Diego Forlán não deverá ficar no Inter, indo, provavelmente para um clube do exterior. Em poucos dias, é o terceiro caso de um jogador estrangeiro caro e badalado que deixa a dupla Gre-Nal. O primeiro foi o chileno Vargas. Emprestado pelo Nápoli ao Grêmio, ele nunca repetiu no clube suas grandes apresentações pela seleção do Chile. Isso, somado ao alto valor dos seus direitos econômicos e a falta de recursos do clube, fez com que o Grêmio desistisse de manter o jogador. Há poucos dias, o argentino Scocco, vice-goleador da Libertadores de 2013, e por quem o Inter pagara um alto valor, comunicou que não queria permanecer no clube, por não ter "adrenalina" para jogar no futebol brasileiro. Agora, é o uruguaio Diego Forlán que está de saída. O jogador não mostrou um futebol compatível com a condição de quem foi escolhido o melhor jogador da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Os três exemplos parecem suficientes para que Grêmio e Inter repensem a ideia de contratar astros estrangeiros. Ao longo da história, Grêmio e Inter recorreram várias vezes à contratação de estrangeiros. Muitos foram bem sucedidos, como Ancheta, Figueroa, De León, Arce. Outros tantos, no entanto, fracassaram. As últimas contratações do gênero por parte da dupla Gre-Nal não tem sido bem sucedidas. Vargas, Scocco e Diego Fórlan, custaram caro, e vieram ganhando altos salários. Em campo, não justificaram tamanhos gastos. Numa época de contenção de custos como a que se apresenta, atualmente, no futebol brasileiro, convém repensar a ideia de contratar astros estrangeiros, alguns deles comprometidos em servir suas seleções em boa parte do ano. Em termos de relação custo-benefício, os resultados não tem sido satisfatórios.