domingo, 30 de abril de 2017

Belchior

Com a morte de Belchior, o Brasil perde um dos seus maiores compositores de todos os tempos. Não há qualquer exagero, como se possa pensar, nessa afirmação. O período de sucesso comercial de Belchior foi relativamente curto, durando cerca de cinco anos. Porém, nesse espaço de tempo, compôs vários sucessos, alguns deles clássicos inesquecíveis. Músicas como "A Palo Seco", "Todo Sujo de Batom", "Como Nossos Pais", "Velha Roupa Colorida", "Paralelas", "Divina Comédia Humana", "Galos, Noites e Quintais", "Medo de Avião". Particularmente, a morte de Belchior me abala muito. Ele foi a maior referência musical da minha adolescência. A beleza e a profundidade de suas letras sempre me fascinaram. Beatlemaníaco que sou, chamou-me a atenção sua identificação com o quarteto de Liverpool, que recebeu citações em letras de algumas de suas composições. Mesmo fora do circuito comercial há anos, Belchior nunca foi esquecido, pois possui um  público fiel. Sua morte deixa um enorme vazio no coração de seus fãs, e uma lacuna gigantesca na música brasileira.

Mais sorte do que juízo

No quinto jogo realizado contra a dupla Gre-Nal no Campeonato Gaúcho, o Novo Hamburgo permaneceu invicto. Hoje, no primeiro jogo pela decisão da competição, empatou com o Inter em 2 x 2, e esteve duas vezes na frente no placar. Na fase classificatória, venceu o Inter e empatou com o Grémio. Mas semifinais, empatou duas vezes com o Grémio, e se classificou para a decisão nos tiros livres da marca do pênalti. Nas duas vezes em que jogou contra o Inter, as partidas foram no Beira-Rio. No jogo de hoje, o Beira-Rio recebeu mais de 43 mil pessoas, o maior público dos jogos de domingo em todo o Brasil. Mesmo com todo esse cenário, o Inter teve mais sorte do que juízo. O Novo Hamburgo mereceu vencer. O primeiro gol do Inter foi fortuito, resultou de uma infelicidade do goleiro Matheus. O segundo começou numa grande jogada de D'Alessandro, num raro lance em que a marcação sobre ele foi desatenta. Por tudo o que já fez até aqui, com a melhor campanha entre todos os clubes na fase classificatória, e os cincos jogos de invencibilidade diante de Grêmio e Inter, o Novo Hamburgo merece ser o campeão gaúcho. Se, no próximo domingo, isso não se confirmar, será um resultado que não honrará o futebol. As competições devem apontar como os seus campeões os que forem melhores ao longo de uma campanha, e não em apenas um jogo.