sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A queda de Felipão

A demissão do técnico Luiz Felipe Scolari, o Felipão, pelo Palmeiras, prova, mais uma vez que, no futebol, nada se sobrepõe aos resultados de campo. Felipão, em sua segunda passagem pelo clube, havia sido campeão da Copa do Brasil há apenas dois meses, classificando o Palmeiras para a Libertadores de 2013. Na primeira vez em que trabalhou no Palmeiras, foi campeão da Copa do Brasil em 1998, e da Libertadores em 1999. Nada disso o segurou no cargo. A péssima campanha do Palmeiras no Campeonato Brasileiro, cada vez mais ameaçado de rebaixamento, levou o clube a dispensá-lo. O contraste das campanhas na Copa do Brasil e no Brasileirão mostram que Felipão é um técnico muito mais afeito às competições com formulismo do que ao sistema de pontos corridos. Motivador por excelência, Felipão cresce nas disputas de "mata-mata", em que a superação permite que um time, mesmo que seja inferior tecnicamente ao seu adversário, alcance vitórias e títulos. Muitos, mesmo antes da saída de Felipão do Palmeiras, apressaram-se em conceituá-lo como um técnico "cansado". Bobagem. Se não conseguiu fazer mais no Palmeiras, foi porque lhe faltou material humano. O time do Palmeiras é muito ruim, e sua campanha rumo ao rebaixamento, apenas comprova isso. Assim como não se faz omelete sem quebrar ovos, não é possível fazer um time que alcance resultados satisfatórios sem que se tenha bons jogadores. Mais cedo ou mais tarde, Felipão irá trabalhar em outro clube, e nada impede que venha a obter êxito. O Palmeiras, de sua parte, enquanto não qualificar o seu grupo, não terá melhor sorte do que a que está alcançando, seja qual for o técnico que contrate.