Favoritismo

A crônica esportiva do Rio Grande do Sul já decidiu quem vai vencer o Gre-Nal do próximo domingo. A julgar pelos palpites da maioria dos cronistas, que dão um amplo favoritismo ao Inter, o jogo será o mero cumprimento de uma formalidade. Comparaçõez entre os dois grupos de jogadores são feitas, sempre com vitória do Inter por alta margem. O problema é que tal visão não se coaduna com a realidade. A ideia de que o Inter tem uma formação titular muito forte e qualificada só existe no papel. Na prática, tudo é muito diferente. O goleiro que vem sendo escalado, Anthony, é inseguro, o que faz com que o Inter cogite escalar Rochet, que não joga desde dezembro, por força de uma lesão. Na lateral direita, Bustos é bom no apoio, mas falho na marcaçâo. A dupla de zaga, Vitão e Gabriel Mercado, é frágil na bola aérea. O lateral esquerdo, Renê, é o titular tecnicamente mais fraco. No meio de campo, Aranguiz, Bruno Henrique e Alan Patrick são bons jogadores, mas de idade avançada, o que cobra o seu preço na parte física. No ataque, Valência é talentoso, mas perde muitos gols, e Wanderson, embora tenha qualidades, é superestimado. A propalada flagrante superioridade sobre o Grêmio é apenas desejo de quem não suporta mais o prolongado jejum de títulos do Inter.