sexta-feira, 9 de junho de 2023

Falsa solução

Com clubes em constantes crises financeiras, o futebol brasileiro vive a procurar uma solução mágica para o problema. A falsa solução da vez atende pelo nome de SAF - Sociedade Anônima do Futebol. Ao tornar-se uma SAF, o clube deixa de ser uma instituição associativa, e se torna uma "empresa", controlada por um dono ou grupo econômico. Por óbvio, os resultados esportivos, razão maior da existência de um clube, são secundários numa SAF. A principal preocupação é com o resultado contábil, a busca do lucro. Movida pela sua sabujice e eterno complexo de vira-lata, a crônica esportiva brasileira saúda efusivamebte o surgimento das SAF's, argumentando que na Europa os clubes possuem proprietários. Porém, na prática, os clubes brasileiros que aderiram às SAF's, exceção feita ao Botafogo, líder do Campeonato Brasileiro, não vem colhendo bons resultados esportivos. O Cruzeiro só tem o Brasileirão para disputar até o final do ano. O Bahia está rondando a zona de rebaixamento da mesma competição. O caso mais emblemático é o do Vasco. Vice-lanterna do Campeonato Brasileiro, o Vasco é controlado pela 777 Partners, que também gerencia o futebol de outros clubes espalhados por diversos países. Curiosamente, todos os clubes da 777 apresentam um desempenho esportivo muito ruim. O modelo associativo é o ideal para um clube de futebol, por respeitar sua históra e manter seu controle dentro da sua comunidade, em vez de o conceder a pessoas e grupos econômicos desconectados com a realidade local, e movidos apenas, pela busca de ganhos financeiroa, sem priorizar o desempenho esportivo, o que frustra o torcedor.