sexta-feira, 4 de setembro de 2020

A correção de um erro

O Grêmio, ainda que seja um clube vitorioso nos últimos quatro anos, depois de um longo jejum de títulos, tem feito muitas contratações equivocadas. Dentre elas, talvez o exemplo mais gritante tenha sido a de Thiago Neves. Nada justificava a sua aquisição. Era um jogador decadente, caro, pivô do rebaixamento do Cruzeiro para a Segunda Divisão, artífice da queda do técnico Rogério Ceni no clube mineiro. A diretoria do Grêmio não pretendia trazer o jogador, mas cedeu ao pedido do técnico Renato. Como tudo indicava, Thiago Neves mostrou-se um rotundo fracasso no Grêmio. Renato tentou forçar o seu aproveitamento, chegando a tirar o jovem e talentoso Jean Pyerre para o colocar entre os titulares no jogo de ontem contra o Sport. Com a derrota do Grêmio, e mais uma péssima atuação de Thiago Neves, era hora da diretoria tomar uma atitude. Até porque, se fosse relacionado para mais dois jogos, Thiago Neves, por força de uma cláusula contratual, teria seu vínculo com o Grêmio renovado, automaticamente, por mais um ano, e receberia um substancial aumento salarial, incluindo luvas. Diante de tudo isso, hoje, o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, resolveu agir, e rescindiu o contrato de Thiago Neves. Foi a correção de um erro. Antes tarde do que nunca. Romildo errou quando cedeu ao pedido de Renato para contratar Thiago Neves. Porém, corrigiu o seu deslize ao decidir pela rescisão. Dessa vez, o presidente não levou em consideração a vontade de Renato. Cumpriu, brilhantemente, o seu papel, colocando o clube em primeiro lugar.