quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Outra goleada

No segundo jogo do ano com os titulares, o Grêmio sobrou novamente. Depois dos 3 x 0 sobre o Juventude, na segunda-feira, o Grêmio fez outra goleada, hoje, na Arena. A vítima da vez foi o São Luiz, que tomou 4 x 0 e assumiu a lanterna do Campeonato Gaúcho. O Grêmio, ao contrário do ritmo de treino do jogo anterior, foi mais intenso. Marinho, mais uma vez, se destacou, marcando um golaço e colocando uma bola na trave. Luan voltou a jogar bem. Montoya, mesmo jogando pouco tempo, estreou marcando um belíssimo gol. Everton jogou bem e fez um gol. Jael, dessa vez, não fez gol, mas teve uma boa participação. Com o resultado, o Grêmio assumiu a liderança isolada do Gauchão, três pontos na frente do segundo colocado. Até agora, o Grêmio não tem enfrentado maiores dificuldades na competição, e o caminho do bicampeonato parece aberto.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Os 50 anos do fim de um sonho

Na data de hoje, há cinquenta anos, os Beatles se apresentaram juntos pela última vez. O show foi no terraço do prédio da Apple, na Savile Row, em Londres. Durou 42 minutos, durante os quais foram tocadas cinco músicas, algumas delas mais de uma vez. São os 50 anos do fim de um sonho. Chegava ao final a trajetória pública do melhor grupo musical de todos os tempos. A partir dali, muitos sonharam que eles voltassem a tocar juntos, houve quem oferecesse fortunas para que acontecesse o reencontro, mas isso nunca ocorreu. Menos mal que há imagens desse show, com boa qualidade de áudio e vídeo. Onze anos mais tarde, com o assassinato de John Lennon, a ideia de reunir o grupo novamente tornou-se impossível. Resta o consolo de poder recorrer a todos os materiais gravados por eles ao longo da carreira.

A má fase prossegue

Ainda não foi dessa vez que o Inter conseguiu a sua reabilitação. O Inter empatou em 1 x 1 com o Veranópolis, hoje, no Antônio David Farina, pelo Campeonato Gaúcho e, portanto, a má fase prossegue. Tudo indicava que o Inter conseguiria ganhar hoje. Afinal, ficou com um homem a mais depois da expulsão de um jogador adversário, fez 1 x 0 aos 29 minutos do segundo tempo, e teve a chance de liquidar o jogo com um pênalti. Rafael Sóbis, no entanto, errou a cobrança, e o Veranópolis reagiu, e alcançou o empate. Foi mais uma atuação pobre do Inter. A vitória parcial não traduzia o que era o jogo, e o empate acabou sendo justo. Por mais explicações que sejam dadas, não é aceitável que o Inter ganhe apenas quatro pontos, em doze disputados, contra adversários modestos. A torcida já começa a mostrar inquietação. Os dirigentes do Inter, e o técnico Odair Helmann, afirmam que está tudo bem e que confiam no trabalho. Pode ser, mas se as vitórias não voltarem logo, esse quadro irá mudar. Não há trabalho, por mais sólido que seja, que resista a tropeços em série.

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Brumadinho

O leitor desse espaço deve ter ficado intrigado. Afinal, os dias iam transcorrendo, e nada do crime ambiental de Brumadinho (MG) ser abordado. Foi uma opção, já que o assunto continua em evidência, não perdeu atualidade, e era preciso não ceder ao impulso natural de escrever um texto raivoso, diante de um acontecimento tão revoltante. O fato é que o rompimento da barragem em Brumadinho, que repete outro crime ambiental ocorrido há três anos em Mariana (MG), é extremamente emblemático do atual governo. O presidente Jair Bolsonaro e sua equipe são defensores de um capitalismo extremado, onde fiscalizações ambientais são tidas como um entrave ao desenvolvimento. Assim sendo, a Vale, a grande responsável pelo hediondo homicídio coletivo, sairá incólume do episódio, bem como seus principais diretores. Algumas arraias miúdas serão presas, temporariamente, mas depois tudo voltará ao normal, contando com o arrefecimento da indignação da opinião pública, que deverá vir com o tempo. Enquanto foi uma empresa estatal, a Vale nunca apresentou situações desse tipo. Porém, a empresa, num dos mais repugnantes exemplos de transferência de patrimônio público para mãos particulares, foi privatizada, por um preço muito abaixo de seu valor de mercado, pelo governo FHC. No Brasil, como sempre, e mais do que nunca, privatizam-se os lucros e socializam-se os prejuízos. Para a população, o que restará do acontecido em Brumadinho serão as dores irreparáveis das pessoas queridas que perderam suas vidas, e as sequelas ambientais terríveis que irão permanecer por décadas. Os criminosos que causaram o rompimento da barragem em Brumadinho ficarão impunes, fingindo-se pesarosos com o ocorrido, sob a proteção do bando de gangsters que governa o país.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Goleada em ritmo de treino

Na estreia do time titular em 2019, o Grêmio nem precisou jogar com muita intensidade. Grêmio 3 x 0 Juventude, hoje, na Arena, pelo Campeonato Gaúcho, foi uma goleada em ritmo de treino. Nos três gols, a defesa do Juventude cometeu falhas que facilitaram a ação dos jogadores do Grêmio. Aliás, o Juventude, que foi rebaixado para o Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão, em 2018, corre o sério risco de cair, também, no Gauchão. O time do Juventude é muito fraco, e terá dificuldades para reagir na competição, onde ganhou apenas três pontos em nove disputados. No Grêmio, o destaque foi Jael, autor de dois gols. Outro jogador que se salientou foi Maicon, que, mais uma vez, foi o maestro do meio de campo, e colaborou na frente dando a bola para o segundo gol, e fazendo o terceiro. O Grêmio é líder do Campeonato Gaúcho, com o mesmo número de pontos do Caxias, mas com vantagem no saldo de gols. Pela amostragem vista até agora, o atual campeão gaúcho não deverá ter muitos obstáculos para alcançar o bicampeonato.

domingo, 27 de janeiro de 2019

Sequência inquietante

As desculpas para os tropeços do Inter seguem sendo muitas, mas a torcida já começa a se irritar. No terceiro jogo pelo Campeonato Gaúcho, o Inter, com os reservas, perdeu por 2 x 0 para o São José, hoje, no Passo D'Areia. Foi a segunda derrota consecutiva do Inter no Gauchão. Sem dúvida, é uma sequência inquietante. Na quinta-feira, jogando com os titulares, o Inter perdeu, de virada, para o Pelotas, em pleno Beira-Rio. Em seu primeiro jogo, também com os reservas, como hoje, o Inter venceu o São Luiz por 1 x 0, no 19 de Outubro, com um frango do goleiro adversário, e sem jogar bem. Após o final do jogo contra o São José, torcedores do Inter entoaram: "Vergonha, vergonhaaaaa, time sem vergonha"! Mais que a derrota, em si, a torcida se revoltou com a apatia demonstrada pelo Inter, que em momento algum levou perigo ao São José. O Inter caiu para o oitavo lugar na classificação. Se o Grêmio vencer o Juventude, amanhã, na Arena, assumirá a liderança. O ano está apenas começando. Nada está ganho ou perdido, mas a torcida do Inter, que, como se sabe, nunca morreu de amores pelo técnico Odair Hellmann, já começa a querer a sua saída do clube.

sábado, 26 de janeiro de 2019

Michel Legrand

A morte do compositor francês  Michel Legrand, aos 86 anos, ontem ocorrida, marca o desaparecimento de um ícone da música. Legrand foi um grande compositor, autor de cerca de 150 trilhas sonoras de filmes. Para se ter uma ideia da qualidade de seu trabalho, basta dizer que ganhou três Oscars. Também recebeu cinco prêmios Grammy. Particularmente, a morte de Legrand me toca por que é de sua autoria a trilha sonora que considero a mais bonita da história do cinema, a do filme "Houve Uma Vez Um Verão", de 1971. O filme é belíssimo, e a trilha se encaixa nele como uma luva. Por ela, Legrand ganhou um de seus três Oscars. Claro, Legrand não se limitou ao cinema. Foi um compositor prolífico, gravado por grandes intérpretes. Compôs, também, concertos. Foi um talento musical grandiloquente. Porém, para mim, a música tema de "Houve Uma Vez Um Verão" será sempre a lembrança mais vívida do talento de Legrand. Se você nunca a ouviu, procure fazer isso o quanto antes. Você vai se encantar, pode ter certeza.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Dia Nacional da Bossa Nova

Existem datas comemorativas aos magotes, algumas muito exóticas. Porém, não é o caso de uma data comemorada hoje, o Dia Nacional da Bossa Nova. Por ser a dia de nascimento de Tom Jobim, o 25 de Janeiro foi escolhido para celebrar a Bossa Nova.  Movimento musical brasileiro, a Bossa Nova teve amplo reconhecimento no exterior. Mais célebre composição do gênero, "Garota de Ipanema", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, se tornou um standard da música internacional. Afora Tom e Vinicius, a Bossa Nova teve outros grandes compositores, como Newton Mendonça, Baden Powell, Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli, Carlinhos Lyra. Seu intérprete mais icônico foi João Gilberto, que revolucionou o modo de cantar com seu estilo sussurrado, em contraste com o vozeirão dos seresteiros, tão apreciados até então. Outras vozes se destacaram como intérpretes da Bossa Nova, casos de Elizeth Cardoso, Nara Leão, Wanda Sá, Dick Farney. Mesmo tendo nascido posteriormente à eclosão do movimento, Leila Pinheiro é outra grande intérprete da Bossa Nova. A Bossa Nova é muito apreciada fora do Brasil. No seu próprio país, muitas vezes, não tem o devido reconhecimento. Ao contrário do que possam pensar alguns, a Bossa Nova não envelheceu. Merece ser constantemente revisitada, e descoberta pelas novas gerações.

O auto-exílio de Jean Willys

O Brasil sob o governo de Jair Bolsonaro é uma usina permanente de produção de péssimas notícias. Entre as mais recentes, nada pode ser mais repugnante e estarrecedor do que o anunciado auto-exílio de Jean Willys, deputado federal pelo PSOL-RJ. Reeleito para seu terceiro mandato, Jean, que se encontra em férias no exterior, não irá retornar ao país. Renunciará ao seu mandato e permanecerá fora do Brasil por medo das ameaças que foram feitas a ele e seus familiares. Jean Willys teme perder a vida, como aconteceu com a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, em março de 2018. Assim como Jean, Marielle era integrante da comunidade LGBT, que vive tempos duros num país que foi tomado pela homofobia. Um deputado federal ter de se auto-exilar para preservar a própria vida é um fato inacreditável em pleno século 21. Demonstra o nível de retrocesso civilizatório que caracteriza a era Bolsonaro. O Brasil caiu num poço sem fundo. A cada dia, o país se vê diante de situações constrangedoras e humilhantes, causadas por um governo inepto. Um governo que não completou sequer o seu primeiro mês. Pela amostra que já deu em tão pouco tempo, resta saber até onde o país poderá resistir aos desmandos dos atuais ocupantes do poder. Por mais que se sinta escudado pelo apoio das Forças Armadas, do Poder Judiciário, da imprensa e das igrejas evangélicas, que participaram do conluio que promoveu um golpe no país, o governo Bolsonaro não está a salvo de uma interrupção do mandato, antes do tempo previsto para o seu final. Afinal, como expressa o ditado popular, não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Derrota

No futebol, há resultados que derrubam todos os prognósticos, dado o favoritismo escancarado de um dos disputantes de um jogo. Esse é o caso da derrota do Inter por 2 x 1 para o Pelotas, de virada, hoje, no Beira-Rio, pelo Campeonato Gaúcho. O Inter estreava seu time titular em 2019, e havia ganho o seu primeiro jogo no Gauchão com os reservas, fora de casa. O Pelotas, jogando como mandante, estreara com derrota. Tudo indicava uma vitória do Inter, mas ela não ocorreu. A abertura do placar aconteceu cedo, com um gol contra, em favor do Inter. A tendência de vitória do Inter começava a se confirmar. Porém, num lance confuso, o Pelotas empatou. No segundo tempo, veio a virada. O Pelotas se defendia muito bem, o Inter pressionava, sem proveito. O ponto negativo do jogo foi a arbitragem que, sem nenhuma justificativa, deu sete minutos de acréscimo no final do jogo. Mesmo com essa atitude absurda da arbitragem, o Pelotas conseguiu manter o resultado. De um lado, o Inter perdeu a chance de se tornar líder isolado da competição. De outro, o Pelotas conseguiu pontos que serão fundamentais para que faça uma boa campanha e afaste o risco de rebaixamento. No ano em que será, efetivamente, testado em sua capacidade, o técnico do Inter, Odair Helmann, começou em baixa.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Tropeço

O jogo era fora de casa, e o Grêmio, mais uma vez, entrou em campo com apenas um titular, o goleiro Paulo Victor. Ainda assim o empate do Grêmio com o Aimoré em 1 x 1, hoje, no Cristo Rei, pelo Campeonato Gaúcho, foi um tropeço. O Grêmio saiu na frente com mais um gol do lateral esquerdo artilheiro, Juninho Capixaba, mas cedeu o empate, ainda no primeiro tempo, numa cobrança de falta, e não conseguiu obter a vitória. O técnico do Grêmio, Renato, estranhamente, começou o jogo com Vico, que não justificou a oportunidade recebida. Rômulo, novamente, teve uma atuação fraca. Leonardo Gomes melhorou em relação a si mesmo, mas ainda não tem bola para jogar num clube como o Grêmio. André é uma insistência que não faz mais sentido. Cabe ao Grêmio assimilar que a contratação de André não deu certo. Pepê não repetiu a boa atuação da goleada contra o Novo Hamburgo, mas oscilações são normais em jogadores jovens. O resultado não trará maiores problemas ao Grêmio em termos de classificação, mas nem por isso deixa de ser insatisfatório e frustrante.

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

O fiasco de Bolsonaro

São apenas 22 dias de governo Bolsonaro, e os vexames se sucedem. O pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro no Fórum Econômico de Davos, na Suíça, foi patético. O ex-capitão poderia utilizar até quarenta minutos para a sua fala, mas seu discurso durou apenas seis. Bolsonaro nada disse de relevante, e deixou a comunidade internacional e a imprensa estrangeira estarrecidas com o seu despreparo. O fiasco de Bolsonaro em Davos transformou o Brasil em motivo de chacota no mundo inteiro. Não há marqueteiro que consiga salvar a imagem do governo. Os escândalos envolvendo a família de Bolsonaro se acumulam, membros do governo desmentem uns aos outros, o presidente escancara sua inépcia a cada ato ou declaração, a imagem do país se desgasta no exterior. Por mais que tenha havido um conluio golpista que incluiu até o Poder Judiciário para que Bolsonaro chegasse ao poder, ninguém é capaz de dar sustentação suficiente para esse governo chegar ao final do mandato. Agora, é só organizar as bolsas de aposta, para saber quem irá acertar a data da queda do governo.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Governo inviável

Toda pessoa dotada de neurônios em bom estado sabia que o governo de Jair Bolsonaro não poderia dar certo. Afinal, o ex-capitão só chegou ao cargo por uma terrivel combinação de fatores que iniciou com um golpe político e culminou na insensatez dos que o elegeram, movidos por um ódio irracional à esquerda, insuflado pela mídia. Bolsonaro é inepto, despreparado. O país está diante de um governo inviável. Porém, ninguém poderia imaginar que a administração de Bolsonaro se mostrasse agonizante num período tão exíguo de tempo. O novo governo ainda não completou um mês desde sua posse, e já está claro que não possui mais nenhuma credibilidade. Os escândalos envolvendo o motorista Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro, um dos filhos do presidente, escancararam que o governo do ex-capitão é tão ou mais corrupto do que qualquer outro na história do país, fazendo cair por terra a retórica moralista de seus integrantes e defensores. Não é possível prever quando se dará a queda efetiva do governo Bolsonaro, já que há um conjunto de forças, como a mídia e o Poder Judiciário, por exemplo, que lhe dão apoio. Enquanto durar, no entanto, o governo será um corpo embalsamado, cujo sepultamento é apenas postergado. Na prática, mal começou, o governo já está acabado.

domingo, 20 de janeiro de 2019

Falha decisiva

Também jogando com um time reserva, como fez o Grêmio, o Inter venceu o São Luiz por 1 x 0, hoje, no 19 de Outubro, pelo Campeonato Gaúcho. A vitória veio depois de uma falha decisiva do goleiro Carlão, do São Luiz, que, até então, fazia um bom jogo. Embora o Inter tivesse crescido de rendimento depois que Neilton entrou em campo, a partida se encaminhava para terminar empatada em 0 x 0 quando Émerson Santos arriscou um chute de longa distância e Carlão falhou, caindo com a bola dentro do gol. O Inter não fez por merecer a vitória, mas ela veio num golpe de sorte. O São Luiz, mesmo tendo feito uma longa pré-temporada, pareceu cansado no final do jogo. Vencer na estreia de uma competição sempre é bom para a continuidade do trabalho, e isso o Inter conseguiu. Por enquanto, é o suficiente.

Goleada

Foi muito acima da expectativa mais otimista. O Grêmio, jogando com apenas um titular, o goleiro Paulo Victor, estreou no Campeonato Gaúcho com uma goleada de 4 x 0 sobre o Novo Hamburgo, no Estádio do Vale. O primeiro gol, feito por Juninho Capixaba, só saiu aos 40 minutos do primeiro tempo. Porém, a partir daí, os gols aconteceram com naturalidade no segundo tempo. Marinho marcou um gol no primeiro toque que deu na bola, 15 segundos após entrar em campo.  Os garotos Pepê e Mateus Henrique completaram o placar. Foi uma boa atuação coletiva do Grêmio, que se refletiu nos desempenhos individuais, já que ninguém jogou mal. A decepção ficou por conta do Novo Hamburgo. Com um grupo de jogadores de boa qualidade para os padrões do interior, não ofereceu nenhuma resistência ao Grêmio. Para um clube que fez uma pré-temporada longa e teve bons resultados nos amistosos preparatórios, foi um rendimento muito inferior ao  que era esperado. Talvez a inexperiência do técnico Bolivar, iniciando na profissão, esteja cobrando o seu preço.

sábado, 19 de janeiro de 2019

Campeonatos estaduais

Começam, hoje, em todo o Brasil, os campeonatos estaduais. Competições anacrônicas, que não despertam mais o interesse dos torcedores, os estaduais continuam existindo por razões políticas. Mesmo nos principais centros do futebol brasileiro, os estaduais só apresentam bom público nos clássicos. Os demais jogos, com a presença de clubes pequenos, recebem poucos torcedores. Se o jogo for entre dois clubes pequenos, o público tende a ser muito baixo. Há clubes que participarão da Libertadores que começarão os campeonatos estaduais jogando com times reservas ou mistos, numa demonstração da pouca relevância dessas competições, atualmente. Enfim, o que teremos, a partir de agora, será um aperitivo pouco atrativo para as disputas mais importantes do ano. Até que chegue o dia em que os estaduais saíam de cena ou ocupem menos tempo dos grandes clubes, e o Campeonato Brasileiro inicie antes, tendo nove meses de duração, como ocorre nos outros países onde a fórmula de pontos corridos com vinte participantes é adotada.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Ainda não foi dessa vez

O Grêmio nunca conquistou o título da Copa São Paulo de Futebol Júnior, a mais prestigiosa competição da categoria no pais, que em 2019 completa o cinquentenário de sua primeira edição. Ao contrário de seu maior rival, o Inter, que venceu a competição quatro vezes, o máximo que o Grêmio conseguiu foi um vice-campeonato, em 1991, num time que tinha, entre outros, Danrlei e Roger, os dois maiores colecionadores de títulos pelo clube como profissionais. Na decisão, o Grêmio foi goleado por 4 x 0 pela Portuguesa, cujo melhor jogador era Dener, que dois anos depois jogaria por empréstimo no próprio Grêmio. Na verdade, o Grêmio nunca priorizou a competição, escudado numa teoria imbecil, repetida exaustivamente ao longo dos anos no clube, que diz que nas categorias inferiores o importante é revelar jogadores para o grupo profissional em vez de ganhar títulos, como se um fato impedisse o outro. Na edição desse ano, o Grêmio fazia muito boa campanha, mesmo sem ter levado sua força máxima para a disputa. Foi o único clube do Rio Grande do Sul a atingir as oitavas de final, depois que Inter, Juventude e São José já haviam ficado pelo caminho. Hoje, no entanto, pelas quartas de final, o Grêmio perdeu por 2 x 1 para o Corinthians, e foi eliminado. O clube paulista é o maior vencedor da Copa São Paulo, com dez títulos. Afora não ter levado sua força máxima para a competição, o Grêmio ainda jogou desfalcado do artilheiro Da Silva, que estava suspenso, e perdeu o lateral esquerdo Kazu, outro de seus destaques, por lesão logo no início do jogo. Foi uma campanha digna, mas ficou a sensação de que o Grêmio poderia ter ido mais longe. Ao contrário do que pensam os que desprezam títulos nas categorias inferiores, essa é uma conquista que faz muita falta a um clube da grandeza do Grêmio. Lamentavelmente, ainda não foi dessa vez que o Grêmio a obteve.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Trocando seis por meia dúzia

Cumprindo com a tradição, os eleitores do Rio Grande do Sul, em 2018, mais uma vez, rejeitaram a hipótese de reeleger um governador. Dessa vez, com inteira razão, pois José Ivo Sartori (MDB) foi, sem dúvida, o pior governador do Estado em todos os tempos. Ocorre que, ao eleger Eduardo Leite (PSDB ) como novo governador, o eleitor só mudou a forma, mas manteve o conteúdo, trocando seis por meia dúzia. Sartori é um tipo rude, quase bronco. Leite é educado, cortês. Porém, na essência, são o que popularmente se define como farinha do mesmo saco. Ambos defendem o ideário neoliberal, que busca diminuir o tamanho do Estado, e escolhe como alvo permanente o funcionalismo público, que é apresentado como o grande vilão da corrosão das contas estaduais. Ao mesmo tempo que perseguem covardemente o funcionalismo, são coniventes com os grandes grupos econômicos sonegadores, eles sim responsáveis pela crise econômica estadual. Leite já sinalizou que terá o funcionalismo como o seu maior alvo, a exemplo de Sartori e, também como o ex-governador, tentará derrubar a exigência de plebiscito para vender estatais. Ao trocar Sartori por Leite, o eleitor apenas tirou de cena um lobo selvagem colocando em seu lugar outro disfarçado com uma pele de cordeiro. Na prática, os prejudicados serão os de sempre, e os beneficiados, também. A mudança de governo foi meramente cosmética. Serão mais quatro anos tortuosos para os mais pobres, e sob encomenda para o empresariado.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

A boba da corte

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, tornou-se a figura de maior visibilidade do governo Jair Bolsonaro. Damares ocupa espaços na mídia permanentemente, sempre com declarações estapafúrdias e absurdas, que geram polêmicas e muitas postagens nas redes sociais. Está mais do que evidente que isso não acontece por acaso. A ministra foi escolhida para a ser a boba da corte do governo. Enquanto as pessoas se ocupam com suas declarações, cada vez mais disparatadas, o governo impõe sua agenda de destruição das conquistas e direitos dos cidadãos. As falas da ministra, se levadas ao pé da letra, só poderiam ser feitas por uma pessoa mentalmente perturbada. Como levar a sério afirmações como a de que as pessoas se hospedam em hotéis fazenda para manter relações sexuais com animais, ou de que o movimento LGBT quer proibir a circulação da Bíblia? São afirmações tão acintosamente ridículas e despropositadas que só podem fazer parte de uma ação meticulosamente planejada. Claramente, Damares foi escolhida para entreter a plateia enquanto os membros de ministérios mais relevantes consumam a destruição do país. Seja como for, com suas falas, Damares Alves acaba sendo um retrato fiel de um governo marcado pela estupidez de suas proposições e a incompetência de seus integrantes.

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Medievalismo

A Câmara Municipal de Porto Alegre tem na sua pauta de votações um projeto do vereador Wambert di Lorenzo (PROS) que propõe como obrigatória a autorização dos pais para a participação de estudantes em aulas sobre orientação sexual. Pelo projeto, a escola deve solicitar autorização expressa do responsável pela criança ou adolescente para ministrar o conteúdo planejado. Afora isso, a escola deverá apresentar previamente o conteúdo programático e, caso os pais não concordem com ele, terão o direito de cancelar a matrícula do filho. A proposta é mais uma manifestação do medievalismo que a extrema direita pretende implantar no ensino. Educação sexual é tarefa da escola, sim. Apresentar o conteúdo programático antecipadamente para a família é submeter-se a um processo de censura, inconcebível numa democracia. A ideia de que as escolas devem se limitar a transmissão de conteúdos de diversas disciplinas, sem atuar na formação dos alunos e no desenvolvimento do seu senso crítico, é uma aberração típica do obscurantismo que tomou conta do cenário político do país. A educação precisa ser valorizada no pais, e projetos como esse atuam na direção contrária. O ensino, no Brasil, tem de ser aprimorado, e não perseguido. A educação deve ser um processo libertador, não um meio de podar os alunos.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Confissão

As constantes postagens nas redes sociais de simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro acusando os que torcem contra o seu governo são emblemáticas. Nesse caso, por trás da acusação há uma confissão. Movidos pelo ódio irracional ao PT, os eleitores de Bolsonaro lançaram o país no abismo. Ao perceberem que o governo que elegeram não tem a menor chance de dar certo, terceirizam a culpa pelo desastre, mais uma vez. A acusação é patética. Primeiro, por que não há nada de errado no fato de quem é oposição não desejar o sucesso de quem está no poder. Em segundo lugar, por que torcer, contra ou a favor, não tem nenhum efeito prático. Aquele que torce, seja por uma causa, por uma disputa esportiva ou de qualquer outra natureza, apenas expressa uma preferência, mas não tem nenhuma ingerência sobre o resultado final. O governo Bolsonaro vai fracassar, isso é inevitável. Porém, os responsáveis pelo desastre não serão os "maus brasileiros que torcem contra". A conta deverá ser paga por quem, movido pelo ódio e pela ignorância, jogou o país nas mãos de um presidente descerebrado e do seu séquito de imbecis. Simples assim. Não dá para transferir a culpa.

domingo, 13 de janeiro de 2019

Os 50 anos de Yellow Submarine

Na data de hoje, o disco "Yellow Submarine", dos Beatles, completa 50 anos de seu lançamento. O disco era a trilha sonora do desenho animado homônimo. Contém, no lado A, quatro músicas inéditas do grupo, e dois clássicos gravados anteriormente, a faixa-título e "All You Need Is Love". O lado B apresenta orquestrações feitas pelo produtor George Martin. Em relação às quatro faixas inéditas, só "Hey Bulldog" foi composta especialmente para o disco. As outras três eram músicas já gravadas e que haviam sido deixadas de lado. Por essas características, "Yellow Submarine" não está entre os principais discos do grupo, mas teve expressiva vendagem, chegando a se destacar nas paradas. Um tanto subestimadas no conjunto da obra dos Beatles, as quatro composições novas desse disco estão longe de ser desprezíveis. "Hey Bulldog" é um dos mais vigorosos rocks do grupo. "All Togheter Now" é leve e contagiante, "Only a Northern Song", composta para o disco "Sargent Peppers Lonely Hearts Club Band", mas vetada por George Martin, é outra amostra da incisividade de George Harrison, já vista em "Taxman", por exemplo. "It's All Too Much", outra música de Harrison, tem mais de seis minutos de duração, mas é envolvente e nem um pouco enfadonha. "Yellow Submarine", é mais um disco dos Beatles a completar 50 anos, assim como "Sargent Peppers Lonely Hearts Club Band", em 2017, e o "Álbum Branco", em 2018. Em setembro, será a vez de comemorar os 50 anos de "Abbey Road", o último disco gravado pelo grupo, e o penúltimo a ser lançado. "Let It Be", gravado antes, só foi lançado no mês seguinte ao da separação dos Beatles, e será o último a completar o seu cinquentenário, em maio de 2020.

sábado, 12 de janeiro de 2019

Um país armado até os dentes

A liberação do porte de armas pelos cidadãos, uma das bandeiras do descerebrado presidente Jair Bolsonaro quando candidato, vai mesmo ser posta em prática. Os arautos do direitismo argumentam que as "pessoas de bem", tem o direito de se proteger dos bandidos, e defendem ardorosamente o armamento da população. O Brasil se encaminha para ser um país armado até os dentes, e isso tem tudo para se transformar numa tragédia social. Pessoas comuns não estão habituadas a usarem armas. Mesmo que parte delas venha a fazer um curso de tiro, ainda assim estarão em desvantagem num confronto com quem usa armas permanentemente. Afora isso, a presença de uma arma dentro de casa é, sempre, potencialmente perigosa. Ela pode ser objeto da curiosidade de crianças, ou ser usada no calor de uma discussão doméstica e, em ambos os casos, redundar numa tragédia. A violência não irá diminuir com a liberação da posse de armas. Pelo contrário, essa medida favorece a expansão da violência, num confronto desigual entre os transgressores da lei e os cidadãos comuns.  Só mesmo na mente estreita dos integrantes do novo governo essa seria uma solução para a violência. O país poderá, isso sim, mergulhar num banho de sangue.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

A higienização do futebol

O futebol não é uma ilha. Esporte mais popular dentre todos, ele vem refletindo, dentro e fora do Brasil, a guinada para a direita que se verifica em grande parte do mundo. O que antes era um esporte autenticamente popular, tornou-se, antes de tudo, um produto midiático. Realizou-se, no pior sentido da expressão, a higienização do futebol. Os antigos estádios, muitos enormes, com pouco conforto, mas de um calor humano contagiante, foram substituídos por outros mais "modernos", com lugares numerados, onde o valor dos ingressos exclui o torcedor de menor poder aquisitivo, justamente o mais espontâneo e apaixonado. O modelo "Premier League", nome pomposo dado desde os anos 90 ao Campeonato Inglês, tornou-se a bússola dos deslumbrados de plantão. Uma competição voltada prioritariamente para os torcedores de poltrona, ou seja, os que assistem aos jogos pela televisão. Os estádios, numa forma democraticida de conter a violência em seu interior, viraram um privilégio para quem pode pagar. O efeito disso tudo é um esporte que, a cada dia, fica mais frio, artificial, mercantilista, asséptico. A suspensão da venda de bebidas alcoólicas nos estádios foi mais uma medida que veio na esteira desse processo de descaracterização do futebol. Em nome da "segurança", retirou-se do torcedor o direito de beber no interior dos estádios, rompendo com uma tradição secular. O futebol precisa recuperar sua autenticidade. A sofisticação do espetáculo só faz crescer, enquanto a qualidade do que se apresenta  dentro de campo despenca a olhos vistos, com falsos craques inflados pela "mídia" tomando o lugar antes ocupado por gênios da bola. Chega de futebol "Nutella"! O futebol raiz precisa ser restituído.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Contraste

Sabe-se, já faz tempo, de que o Inter não tem uma boa situação financeira. Esse fato, é claro, limita a possibilidade de maiores investimentos em contratações. Porém, ainda assim, chama a atenção o contraste entre o nível dos reforços que vem sendo adquiridos pelo Inter em comparação com outros grandes clubes brasileiros. O maior rival do Inter, o Grêmio, por exemplo, não está ousando nas contratações, até por não ter o volume de recursos de clubes como Flamengo e Palmeiras, mas trouxe jogadores de destaque, como Montoya e Felipe Vizeu. O Inter, por sua vez, trouxe jogadores como Neilton e Guilherme Parede, e hoje anunciou a contratação do lateral direito Bruno, de 33 anos que estava sem clube após o final do seu contrato com o Bahia. Mateus Galdezani, volante que pertence ao Coritiba mas estava emprestado ao Atlético Mineiro, onde não se firmou, está em vias de ser contratado. Neilton veio do Vitória, clube que foi rebaixado para a Segunda Divisão, Guilherme Parede do Coritiba, que permaneceu na Série B, e Bruno, depois de jogar por Fluminense e São Paulo, estava no Bahia. Com reforços desse nível, o Inter dificilmente será mais do que um mero coadjuvante nas competições, com exceção do Campeonato Gaúcho. Afinal, seu grupo de jogadores já era modesto, e o clube não terá a facilidade de realizar um menor número de partidas que os seus principais adversários, fato que o beneficiou no Brasileirão de 2018. Em 2019, o Inter terá calendário cheio. Com a base de que dispõe e as contratações que está fazendo, o Inter terá que limitar suas aspirações nesse ano. Boas campanhas talvez sejam possíveis, mas grandes conquistas parecem, em princípio, inviáveis.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Decisão acertada

O técnico do Grêmio, Renato, em sua primeira entrevista coletiva após o retorno do período de férias e da cirurgia que realizou recentemente, revelou que o time de transição não será mais utilizado nas primeiras rodadas do Campeonato Gaúcho. O Grêmio começará o Gauchão com um time de reservas, e será treinado pelo próprio Renato. Sem dúvida, essa é uma decisão acertada. No campeonato estadual de 2018, o Grêmio correu risco de ser eliminado na primeira fase, em função da péssima campanha do time de transição nos primeiros jogos. No fim, tudo acabou bem para o Grêmio, que conquistou o título, mas um vexame histórico poderia ter ocorrido. Os clubes pequenos que participam da competição começam sua preparação bem antes da dupla Gre-Nal, já que não tem calendário cheio e podem voltar aos trabalhos quando os dois grandes estão em férias. Esse fato faz com que os clubes pequenos tenham melhor preparo físico nas rodadas iniciais. Se, afora essa vantagem, ainda enfrentassem um time de transição, sua chance de roubar pontos importantes do Grêmio se ampliaria muito. Mostrando que aprendeu com os erros do ano anterior, o Grêmio resolveu adotar outra postura, para não se expor a um risco desnecessário, o que demonstra que o clube está com foco e compromisso para o ano que se inicia.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Capitalização

O governo Jair Bolsonaro insiste em fazer uma reforma da Previdência absolutamente deletéria para os trabalhadores. A ideia de um plano de capitalização será enviada ao Congresso em fevereiro. A proposta é uma cópia do modelo adotado no Chile, tido como um sucesso pelos neoliberais, mas desastroso para os principais interessados. O sistema de capitalização depaupera os ganhos dos aposentados, que acabam recebendo um valor aviltante, insuficiente para as suas necessidades. A oposição deveria reunir todas as suas forças para tentar barrar o projeto. Embora a imprensa, sempre mancomunada com os interesses conservadores, insista em afirmar que a reforma da Previdência é a mais importante, pois aí estaria o maior rombo nas contas públicas, isso é uma falácia. A CPI da Previdência já deixou isso claro, embora tenha sido desconsiderada pela imprensa. O que está em andamento é mais um golpe cruel contra o povo brasileiro, promovido por um governo inepto e ligado a interesses inconfessáveis. Barrar a reforma da Previdência deveria ser a primeira grande bandeira da oposição ao governo Bolsonaro. Chega de passividade diante de uma ameaça tão grande ao futuro dos brasileiros.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

O discurso e a prática

Há muito tempo se sabe que entre as promessas de campanha e o que é feito por um governante, verdadeiramente, depois que assume o poder, existe uma diferença muito grande. O que se verifica é uma  distância entre o discurso e a prática. O novo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, é mais um exemplo nesse sentido. Leite repete a cantilena de que o Estado está quebrado, mas seu governo terá três secretarias a mais do que o do seu antecessor, José Ivo Sartori. Eram 19, serão 22. Ainda que possam argumentar que as novas secretarias não irão implicar num aumento de gastos, a medida não casa com a ideia de quem defende um Estado menor é mais eficiente. A ideia explorada por Leite em sua campanha foi a de um jovem com ideias criativas para resolver a crise do Rio Grande do Sul. Ao aumentar o número de secretarias, Leite mostra que o seu jeito de fazer política não é nada novo, pelo contrário, é mais do mesmo.

domingo, 6 de janeiro de 2019

Não tem como dar certo

Exasperados com a cascata de asneiras proferidas por membros do governo Jair Bolsonaro, e com medidas administrativas que são anunciadas e logo depois desmentidas, os apoiadores do ex-capitão apelam para a saída de sempre, ou seja, culpar a oposição. Nas redes sociais, os bolsominions reclamam de quem está torcendo contra o governo, e argumentam que todos estão no mesmo avião e que, portanto, não se deve querer que ele caia. São alegações cretinas. Ninguém precisa torcer contra o novo governo, pois ele não tem como dar certo, está fadado ao fracasso. Afora isso, por que uma oposição ofendida e vilipendiada deveria cerrar fileiras com um governo tão inepto? O governo de Bolsonaro vai afundar, inevitavelmente. A dúvida que fica é o que acontecerá depois.

sábado, 5 de janeiro de 2019

Boa contratação

O Grêmio gastou todo o período de férias dos jogadores sem efetivar nenhuma contratação, o que causou preocupação nos torcedores. Após a volta das atividades, ocorrida há apenas dois dias, já contratou quatro reforços, o goleiro Júlio César, o volante Rômulo, o meia Montoya, e o centroavante Felipe Vizeu. Dentre os quatro, Felipe Vizeu é o único que se pode afirmar ser uma boa contratação. Vizeu é jovem, tem apenas 21 anos, e comprovada competência como centroavante. Deverá dar um grande acréscimo ao time, se comparado a André e Jael. O único dado negativo é que Vizeu veio emprestado por um ano, a exemplo de Rômulo e Montoya. Só Júlio César foi contratado em definitivo, pois havia encerrado o seu contrato com o Fluminense, seu clube anterior. O presidente Romildo Bolzan Júnior havia rompido com essa tendência do Grêmio de montar um time para apenas um ano. O fato de estar no seu último ano de mandato talvez o tenha feito mudar de posição. O fato é que, para o clube, essa não é uma boa política de futebol.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Um festival de besteiras

Só os muito alienados podem estar surpresos com os primeiros movimentos do governo Jair Bolsonaro. Em termos de declarações de membros da administração, o que se ouve é um festival de besteiras. A líder nesse quesito é a ministra da Mulher, Família, e Direitos Humanos, Damares Alves. Ela parece determinada a lançar uma asneira por dia. Ontem, Damares disse que menino veste azul, e menina usa rosa. Conseguiu provocar uma enxurrada de críticas e, é claro, foi fonte de muitos "memes" na internet. Hoje, criticou o Enem, por ele permitir que os alunos cursem universidades fora do seu local de origem, afastando-se de suas famílias. Mais uma vez, como não poderia deixar de ser, causou uma onda de críticas. As falas absurdas ou equivocadas não se limitam aos ministros. O próprio Bolsonaro sinalizou um aumento no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), e foi desmentido pelo ministro chefe da Casa Civil, Onix Lorenzoni. O novo governo é um fiasco desde os seus primeiros minutos. Nada que não fosse previsível. A estupidez de 57 milhões de eleitores já está cobrando sua conta, e ela será paga por todos os brasileiros.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Recomeço

As férias do futebol acabaram. Hoje, como vários outros clubes pelo país afora, Grêmio e Inter tiveram o recomeço das suas atividades. O Grêmio, de última hora, apresentou dois reforços, o goleiro Júlio César, que encerrou seu contrato com o Fluminense, e o volante Rômulo, emprestado pelo Flamengo. Nenhum dos dois é capaz de gerar entusiasmo nos torcedores. O Inter também se apresentou com duas contratações, o meia Neilton, vindo do Vitória, e o atacante Guilherme Parede, que chegou do Coritiba. A exemplo dos reforços do Grêmio, são dois nomes que não empolgam a torcida. Com poucas contratações ate agora, todas de qualidade duvidosa, a dupla Gre-Nal sinaliza para um desempenho pouco promissor em 2019. Com exceção do Campeonato Gaúcho, que deverá ser ganho por um ou por outro, as taças deverão ficar longe das salas de troféus dos dois clubes.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Primeira contratação

Depois de muitas especulações, um fato concreto. Hoje, um dia antes da reapresentação dos jogadores, o Grêmio anunciou sua primeira contratação para 2019. O goleiro Júlio César, de 32 anos, que encerrou seu contrato com o Fluminense, veio para preencher a lacuna deixada no grupo com a saída de Marcelo Grohe. Não se pode afirmar que tenha sido um grande acerto. O novo goleiro do Grêmio é de nível mediano, como Paulo Victor, o que fará com que haja uma perda de qualidade na posição. Na verdade, o que pesou para a vinda de Júlio César foi o fato de o jogador ter ficado livre no mercado, sem vínculo com nenhum clube. Os dirigentes do Grêmio já deixaram clara a sua preferência por jogadores nessa condição, pois, assim, o clube não necessita arcar com custos de aquisição. Se do ponto de vista financeiro é uma situação vantajosa, tecnicamente nem sempre é a melhor opção. A contratação anunciada hoje está longe de suprir as necessidades do Grêmio. A diretoria do Grêmio segue devendo melhores notícias para o torcedor.

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Espetáculo grotesco

Não assisti a transmissão ao vivo da posse do presidente Jair Bolsonaro. Não perderia meu tempo com um fato tão chinfrim. Era inevitável, no entanto, tomar conhecimento do que ocorrera pelo resumo dos noticiários. Minha impressão prévia só se confirmou. Foi um espetáculo grotesco. Um presidente desqualificado, com um discurso de posse patético, dizendo para a assistência que a bandeira do Brasil nunca será vermelha. Uma primeira dama fazendo um discurso em Libras, a linguagem dos surdos, carregado de sentimentalismo barato. O que se viu, de tudo o que foi mostrado no resumo, foi uma cerimônia marcada, do início ao fim, pela cafonice. Claro, não poderia ser diferente, tendo em vista às figuras envolvidas. Desde a posse de Fernando Collor de Melo, a de hoje foi a que teve o menor número de delegações estrangeiras presentes. Governos sérios querem distância de tipos como Bolsonaro. O pior é que o pesadelo está apenas começando. O que ocorreu hoje, foi um preâmbulo, lamentável, de tudo o que está por vir.