quarta-feira, 23 de abril de 2014

Na UTI

O desastre que muitos temiam não aconteceu. O Grêmio perdeu por 1 x 0 para o San Lorenzo, hoje, no Nuevo Gasometro, e, portanto, não sofreu uma derrota fragorosa que tornasse o segundo jogo uma mera formalidade. O placar magro faz com que o Grêmio chegue vivo ao jogo da Arena, na próxima quarta-feira. Os temores de um desastre eram justificados. O time estava desfalcado de seus três melhores jogadores, Luan, Wendell e Rhodolfo. Marcelo Grohe foi dúvida até momentos antes do jogo. As soluções encontradas, Geromel na zaga, Léo Gago improvisado na lateral esquerda, e a presença de Zé Roberto no time não inspiravam confiança. O futebol apresentado pelo Grêmio, como se esperava, não foi bom, mas houve muito aplicação e combatividade. O tempo ia transcorrendo sem que o San Lorenzo levasse perigo ao gol do Grêmio. O 0 x 0 era um resultado razoável e tinha-se a sensação de que a vitória era possível de ser alcançada. Veio então uma falha de arbitragem, e, na sequência, o gol do San Lorenzo. Num lance pela direita de ataque, um jogador do San Lorenzo dominou a bola fora da linha. Seria lateral para o Grêmio, portanto. O árbitro nada marcou, dando prosseguimento a jogada, que culminou no gol. Um erro ainda mais grave de arbitragem ocorreu no primeiro tempo, com a não marcação de um pênalti em favor do Grêmio. Em relação às atuações individuais, Geromel foi uma grata surpresa, Riveros manteve o seu bom nível habitual e Dudu foi o melhor jogador do Grêmio em campo. Os destaques negativos foram Léo Gago, simplesmente constrangedor, Zé Roberto, com os seus toques laterais improdutivos de sempre, e Barcos, que esteve tecnicamente abaixo da crítica e, praticamente, não chutou em gol. A classificação ainda é possível, não só porque o regulamento assim o diz, mas, também, em razão da fragilidade demonstrada pelo San Lorenzo. Porém, tendo perdido a primeira partida, e sem marcar gols, o Grêmio está na UTI, respirando por aparelhos. A má fase do Grêmio prossegue. Agora, já são quatro derrotas nos últimos cinco jogos, por três competições diferentes. As chances de permanecer na Libertadores persistem, mas não há razões para otimismo.