sábado, 20 de agosto de 2011

Movimento contra a corrupção

O Brasil pode estar prestes a atravessar mais um momento histórico na sua vida política. A demissão, por envolvimento em denúncias de corrupção, de três ministros do governo da presidente Dilma Roussef,  desencadeou um movimento de apoio a chamada "faxina" que está sendo empreendida pela suprema mandatária do país. Políticos como os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Cristovam Buarque (PDT-DF) iniciaram uma reação contra as tentativas de impedir Dilma de combater a corrupção no governo. Até mesmo vozes da oposição, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, já declararam seu apoio às medidas de Dilma contra os deslizes éticos das autoridades. Na próxima terça-feira, no Congresso Nacional, a Frente Suprapartidária contra a Corrupção e a Impunidade, lançada na semana passada, fará um ato, em audiência pública, para receberr o apoio de diversas instituições. O filósofo Adauto Novaes lembrou a operação Mãos Limpas, ocorrida na Itália, e espera que a ação contra a corrupção tenha o apoio das universidades, da Ordem dos Advogados do Brasil, da Associação Brasileira de Imprensa, dos sindicatos, dos estudantes e das novas mídias, para que o movimento possa pressionar a classe política a participar dessa luta. No dia 20 de setembro, na Cinelândia, no Rio de Janeiro, será realizado o ato "Todos Juntos Contra a Corrupção", mobilização que teve início pela Internet. A presidente Dilma reiterou, ontem, que continuará a combater a corrupção e que não vê problemas com a base aliada em função das demisssões e das trocas de comando nos orgãos do governo. Tomara que Dilma não recue da postura que reafirmou, pois o país já mostrou o que quer daqui por diante. A era da corrupção desenfreada e da impunidade garantida pode estar caminhando para o fim. Basta a presidente querer, pois o apoio da sociedade não irá lhe faltar.