quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Inter perde a primeira

Jogando fora de casa, o Inter perdeu, de virada, o primeiro jogo pela decisão da Recopa Sul-Americana por 2 x 1 para o Independiente. O time argentino mostrou ser limitado tecnicamente, mas, com empenho e garra, conseguiu superar-se e ganhar o jogo. Mais uma vez, a defesa do Inter mostrou sua fragilidade, principalmente no jogo áereo. A escalação de Tinga como articulador foi um equívioco do técnico interino Osmar Loss. Andrezinho, que entrou no segundo tempo, deveria ter começado o jogo. O Inter ainda sofreu o prejuízo da saída de Kléber, no primeiro tempo, com uma lesão no joelho que poderá afastá-lo do time por um bom período. Há por parte do Inter a convicção de que, no Beira-Rio, haverá a reversão em relação ao primeiro jogo e o título será conquistado. É bem provável que isso aconteça, dada a fragilidade técnica do Independiente, mas convém ser prudente. O clube argentino já conseguiu vencer no primeiro jogo e, agora, lhe basta um empate na segunda partida para ser campeão. Sabendo-se da raça com que os argentinos se empregam em cada jogo e de sua maestria na arte da "catimba", é bom estar preparado para um revés.

Seleção segue sua rotina

A Seleção Brasileira seguiu sua rotina sob o comando do técnico Mano Menezes e, mais uma vez, não conseguiu vencer uma equipe de grande porte. Dessa vez, perdeu para a Alemanha, por 3 x 2, em Stuttgart, sendo inferior ao adversário em, praticamente todo o jogo. Não espanta que tenha sido assim. Repetindo o que fazia o técnico anterior da Seleção, Dunga, Mano Menezes convoca e escala jogadores que não possuem condições de vestir a camisa "canarinho". O meio de campo escalado para o início do jogo, com Ralf, Ramires e Fernandinho, por exemplo, é de uma indigência técnica poucas vezes vista na história da Seleção. Para escalar Fernandinho, Mano Menezes começou o jogo com Paulo Henrique Ganso no banco de reservas! Ainda que Ganso não esteja jogando bem, tanto no Santos quanto na Seleção, tal troca é simplesmente absurda. A insistência do técnico com André Santos na lateral esquerda é outro fato que não se justifica. Mano Menezes trabalhou com o jogador no Corinthians, confia em seu futebol, mas as exigências da Seleção são bem maiores que as de um clube. Se é verdade que Marcelo, atualmente o melhor lateral  esquerdo brasileiro, desdenhou a Seleção, e por isso não vem sendo convocado, não dá para simplesmente fixar André Santos na posição. É preciso buscar outras alternativas. Se dúvidas ainda restassem sobre a insuficiência do seu futebol, sua falha grotesca no terceiro gol da Alemanha, tratou de dirimi-las. Mano Menezes completou um ano como técnico da Seleção Brasileira, e seu desempenho tem sido pífio. Mesmo que ainda faltem três anos para a Copa do Mundo, já era de se esperar que o técnico estivesse com um trabalho mais estruturado, sem tantas experimentações, com uma uma idéia mais clara de qual é a sua equipe ideal. O argumento de que o Brasil passa por uma entressafra de bons jogadores não se sustenta. Há jogadores suficientes para se formar uma boa seleção. Nomes como Arouca, do Santos, e Hernanes, do Lazio, acrescentariam muito mais à equipe do que Ralf, Luiz Gustavo, Fernandinho e Renato Augusto, incluídos na última convocação. Hernanes já foi convocado por Mano Menezes, prejudicou a Seleção com um lance de violência absurda que causou sua expulsão num amistoso, mas isso não é motivo para que não seja mais convocado. Leandro Damião, outro que já foi chamado por Mano Menezes, não pode ficar de fora de um grupo que tem Alexandre Pato, uma eterna promessa que não se confirma, e Fred, um atacante que está longe dos seus melhores momentos. Lucas, do São Paulo, ainda que não tenha ido bem na Copa América, merece novas chances. A realidade é que a Seleção passa a idéia de que o primeiro ano sob o comando de Mano Menezes não foi muito proveitoso. Ainda que a CBF sustente o contrário, os resultados positivos precisam vir logo para que Mano Menezes continue no cargo. Não há técnico que resista diante de maus resultados em série.