sábado, 9 de julho de 2022

O delírio eleitoral de Moro

O ex-juiz Sérgio Moro é uma das maiores fraudes de que se tem notícia na história do país. Falso paladino anticorrupção, Moro foi o responsável pela condenação à prisào, do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, por suposto recebimento, nunca provado, de propinas de empreiteiras. Depois de cumprir a tarefa que lhe fora delegada pelos golpistas de extrema-direita que queriam tomar o poder no país, impedindo Lula de concorrer, Moro renunciou à magistratura, e aceitou ser ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro, de olho numa indicação para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal. Porém, o entendimento de Moro e Bolsonaro durou pouco tempo. Com pouco mais de um ano no cargo, Moro pediu demissão. A partir daí, empenhou-se em levar adiante seus sonhos eleitorais. Primeiramente, Moro tentou ser a "terceira via" na eleição presidencial, o candidato de quem não quer votar em Lula, nem em Bolsonaro. A pretensão se mostrou inviável, logo na largada. Moro, então, começou a cogitar concorrer a senador por São Paulo, mas a transferência de seu domicílio eleitoral foi considerada irregular. O ex-juiz, então, permaneceu com seu domicílio eleitoral no Paraná, e cogita concorrer a governador ou senador. No entanto, as pesquisas de intenção de voto, para ambos os cargos, não são animadoras para Moro. Na verdade, o delírio eleitoral de Moro é evidente. Sua imagem desgastou-se, e deverá remeter-lhe ao ostracismo. Com seus julgamentos contra Lula anulados, e o fim da Operação Lava-Jato, Moro tornou-se um personagem da cena política que, muito rapidamente, será esquecido.