sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Gastos controlados

As movimentações dos clubes brasileiros visando o ano de 2014 mostram que, efetivamente, a época dos salários milionários e do perdularismo está ficando para trás. Mesmo os clubes classificados para a Libertadores estão adotando a política de gastos controlados. As contratações são poucas e sem grande impacto. O Botafogo, após perder Oswaldo de Oliveira, um técnico conceituado, colocou para substituí-lo o seu auxilar técnico e treinador da categoria sub-20, Eduardo Húngaro. O Flamengo já revelou que não fará grandes investimentos para o ano que vem. O Grêmio trouxe um técnico emergente, Enderson Moreira, um jogador com vínculo encerrado pelo qual não teve de pagar pela contratação, Edinho, e um zagueiro brasileiro desconhecido que estava na segunda divisão da Espanha, Geromel. Por outro lado, vendeu seu lateral esquerdo, Alex Telles, escolhido o melhor da sua posição no Campeonato Brasileiro, para o Galatasaray. Os clubes não trazem grandes reforços, e se desfazem de seus poucos destaques para fazer caixa. Dessa forma, o panorama técnico desolador do Brasileirão deverá se repetir ou até,se agravar. A derrota do Atlético Mineiro para o Raja Casablanca, do Marrocos, o segundo fiasco brasileiro em três anos no Mundial de Clubes, é outro fato que mostra que o futebol do país anda em baixa. No ano em que sediará uma Copa do Mundo pela segunda vez, com fundadas esperanças de ganhá-la, o Brasil vê o futebol de seus clubes tomados pela pobreza, tanto técnica quanto financeira. Os estádios, novos ou reformados, estão muito bonitos, mas o futebol jogado neles está longe de entusiasmar. Tomara que a inesgotável capacidade do futebol brasileiro de revelar talentos, nos brinde com o surgimento de novos craques, capazes de modificar esse quadro tão pouco estimulante.