quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Suspeitas

A morte do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, ocorrida hoje na queda do avião em que viajava próximo a Paraty (RJ) despertou, imediatamente uma série de suspeitas. Muitos estão convencidos de que sua morte foi uma "queima de arquvo", pois Zavascki era o relator da Operação Lava-Jato no STF, e preparava-se para homologar a delação premiada de ex-executivos da construtora Odebrecht. O ministro pretendia, inclusive, antecipar o ato, do início de fevereiro para o final de janeiro. Com o falecimento de Zavascki, o processo sob sua guarda terá de ser redistribuído para outro membro da corte, ou ficará com o magistrado que vier a substitui-lo. Nesse último caso, seria uma situação extremamente conveniente para o presidente Michel Temer, que poderia postergar por um longo tempo a indicação do novo ministro, afora o fato que o nome escolhido deverá ser o de alguém afinado com os seus interesses, um dos quais é o de abafar a Lava-Jato. O Brasil vive um momento político muito delicado, e a morte de Zavascki, pelas suspeitas que desperta, contribui para colocar mais lenha na fogueira. Se a queda do avião não tiver sido um acidente, estaremos no pior dos quadros. Seria a confirmação de que o poder no país foi tomado por corruptos inveterados e criminosos. No Brasil dos tempos atuais nada é tão ruim que não possa piorar.