segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

A venda de Walace

O Grêmio vendeu Walace. Mais uma vez, um jogador jovem e promissor sai do país por muito menos do que vale, consequência de uma lei iníqua que sacrifica os clubes e enriquece os chamados "empresários". A venda de Walace prejudica o Grêmio tecnicamente, é não garante um grande aporte financeiro para o clube. O valor do negócio, 10 milhões de euros, é muito baixo para um jogador jovem e de Seleção Brasileira. Há, ainda, o agravante de que o Grêmio só detinha 60% dos direitos de Walace. Com isso, a quantia que irá para os cofres do clube será de apenas 20 milhões de reais, irrisória para uma transação internacional. Como costuma acontecer nesses casos, Walace pressionou o clube para que fosse vendido, em nome da busca da sua "independência financeira". Nem mesmo o fato de ir jogar no Hamburgo, clube que está na zona de rebaixamento do Campeonato Alemão, foi levado em conta por Walace. Algo precisa ser feito para pôr fim nesse tipo de situação. Os clubes brasileiros não podem ser constrangidos a vender suas grandes revelações a um preço vil. A Lei Pelé tem que acabar.