segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Cifras escandalosas

Não é de hoje que o futebol tornou-se uma atividade milionária. Os principais clubes do mundo possuem orçamentos altíssimos, que lhes permitem gastar fortunas na aquisição de jogadores e no pagamento de seus salários. Porém, está mais do que clara a necessidade de se colocar um freio nessa situação, por extrapolar qualquer limite que se considere razoável. A renovação de contrato do galês Bale com o Real Madrid é uma evidência disso. Bale estendeu seu contrato com o clube espanhol até o ano de 2022. Pelo novo contrato, Bale irá ganhar um salário equivalente a 1,3 milhão reais por semana. Convenhamos, quantias assim é o que se pode classificar de cifras escandalosas. Bale é um bom jogador, mas está longe de ser um gênio e, portanto, não tem cabimento que se torne o detentor do maior salário do futebol mundial. Diante de tamanhas quantias, é natural que se pense que o futebol está sendo usado para lavagem de dinheiro. Algo precisa ser feito para mudar esse quadro. Soa ofensivo para o cidadão comum tomar conhecimento de que se paguem salários astronômicos como o de Bale. O futebol é um grande espetáculo, e é natural que seus maiores astros sejam bem remunerados. Salários como o do novo contrato de Bale, no entanto, agridem o bom senso. Nenhum jogador, por mais extraordinário que seja, nem mesmo Messi, mereceria ganhar uma quantia tão alta. Cabe á comunidade futebolística, no mundo inteiro, se mobilizar contra essa aberração. O mais popular dos esportes deve transmitir aos seus torcedores uma imagem de dignidade. As quantias cada vez mais altas que circulam no futebol apontam no sentido contrário, e o tornam uma atividade cheia de suspeições.