sábado, 14 de janeiro de 2012

Balanço

No dia 1º de janeiro, a presidente Dilma Roussef completou o seu primeiro ano no cargo. Apesar do desgaste no campo político, com a demissão de sete ministros, seis deles por práticas indevidas no exercício do cargo, o balanço é positivo. O país continua sólido economicamente, com boa geração de empregos e expansão da classe média. Os programas sociais seguem cumprindo a tarefa de minorar as consequências da pobreza extrema, cuja erradicação é uma das metas do atual governo. A popularidade de Dilma, em consequência disso, já é mais alta que a de seu antecessor, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, até então o presidente mais popular da história do Brasil. Se os resultados, de um modo geral, são bons, por outro lado, há muito para se fazer. Dilma deveria diminuir o número de ministérios. Não é possível uma administração séria com 38 ministérios, grande parte deles sem nenhuma função prática. O preenchimento de cargos do primeiro escalão tem de ser feito levando-se em conta a capacidade dos escolhidos, e não apenas obedecendo ao loteamento ditado pela governabilidade. Setores como saúde, educação e segurança continuam em situação muito ruim, necessitando maciços investimentos para sua melhoria. A infraestrutura do país também está em condição precária. Estradas esburacadas e sem conservação, transporte público urbano deficiente e aeroportos subdimensionados são alguns dos problemas a exigir urgente solução, ainda mais com a proximidade da Copa do Mundo de 2014 e das Olímpíadas de 2016. O Brasil tem avançado muito, mas os desafios são enormes. Dilma tem de aproveitar o imenso respaldo popular que as pesquisas lhe conferem para tomar as medidas necessárias na busca de um país melhor.Usando sua capacidade gerencial, aliada a sua grande popularidade, Dilma tem tudo para levar o Brasil para tempos cada vez melhores, e conseguir reeleger-se, em 2014, sem maior dificuldade.