quarta-feira, 21 de julho de 2021

O chororô do Boca

Os argentinos se têm por muito educados, e alardeiam uma pretensa ascendência europeia para manter uma pose de superioridade sobre os demais países sul-americanos. Porém, no futebol, os argentinos sempre adotaram um comportamento selvagem, dentro e fora do gramado. Dentro, com um estilo de jogo violento e desleal, adicionado de muita cera e catimba. Fora, pelo comportamento agressivo de torcedores conhecidos como "barra bravas".Favorecidos por um período em que a televisão ainda cobria timidamente os jogos, e o VAR não tinha a sua existência sequer cogitada, os clubes argentinos aproveitaram para empilhar títulos na Libertadores. Com o transcorrer do tempo, e a ampla cobertura do futebol, com várias câmeras nas transmissões, que foi se tornando realidade, as patifarias praticadas pelos argentinos na busca das vitórias ficaram mais difíceis de serem cometidas. Com a instituição do VAR, a dificuldade aumentou. Os atos de selvageria da delegaçáo do Boca Juniors, ontem, no Mineirão, após a eliminação da Libertadores, nos tiros livres da marca do pênalti, para o Atlético Mineiro, são injustificáveis. O chororô do Boca não tem nenhum fundo de verdade. O gol do clube argentino foi bem anulado pelo VAR. Não houve "roubo" por parte da arbitragem. O que aconteceu foi uma demonstração do que é ser um mau perdedor, por parte de um clube saudoso dos tempos em que aprontava o que bem entendia para obter suas vitórias. Só que os tempos mudaram, e o Boca terá de se adaptar, ou, como expressa o ditado, chorar na cama, que é lugar quente.