segunda-feira, 27 de abril de 2015

Momento perigoso

O Brasil passa por um momento perigoso. O Congresso Nacional, que tem suas duas casas presididas pelo PMDB, partido conhecido por sua ambiguidade, aponta na direção de uma guinada conservadora, aprovando projetos que ameaçam conquistas históricas dos trabalhadores e da cidadania. Partido coligado ao governo, e ao qual pertence o vice-presidente, o PMDB, no entanto, adota, por parte de muitos dos seus caciques, uma postura ambivalente, oscilando sua conduta entre ser situação ou oposição. Esse é o caso, entre outros, do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Sob seu comando, a Câmara tem apresentado uma pauta extremamente conservadora. A PEC da terceirização é um exemplo disso. Aprovada pela Câmara, ela fere mortalmente os interesses da classe trabalhadora. Cunha também já deixou clara sua homofobia e seu conservadorismo no campo do comportamento, e promete barrar todo os projetos que não se encaixem na sua estreita visão moral, condicionada por sua crença evangélica. O país avançou muito nos últimos anos, tanto no que tange à diminuição das desigualdades sociais quanto no que diz respeito aos direitos das minorias. O mau momento político vivido pelo governo está fazendo com que, de forma oportunista, os arautos do atraso tentem impor os seus valores retrógrados. O governo e a sociedade precisam reagir imediatamente, e deter essa marcha para o arcaísmo. Como expressa o ditado, é para frente que se anda, e o Brasil não pode caminhar para trás.