sexta-feira, 10 de abril de 2020

50 anos sem os Beatles

Na data de hoje, há 50 anos, Paul McCartney anunciava o fim dos Beatles. Foi um dia triste para milhões de fãs espalhados pelo mundo. Os Beatles ainda eram muito jovens, nenhum deles sequer havia completado 30 anos de idade, e estavam no auge do seu processo criativo. Por isso, o fim do grupo era muitíssimo prematuro. Uma série de razões levou ao rompimento, mas a música e os fãs sofreram, na ocasião, um rude golpe, do qual não se recuperaram até hoje. Os Beatles são únicos, incomparáveis. Nenhum outro grupo alcançou um grau de qualidade tão elevado, criou tantos clássicos imortais, vendeu tantos discos, marcou tantas gerações. A música de maior sucesso de todos os tempos, "Yesterday", é deles, creditada a Lennon e McCartney, mas composta apenas por Paul. No mês seguinte ao anúncio da separação, chegou ao mercado "Let It Be", o penúltimo disco do grupo a ser gravado, e o último lançado. No mesmo ano, cada um dos quatro membros do grupo lançou o seu primeiro trabalho solo. O mais bem sucedido nessa largada, para surpresa de muitos, foi George Harrison. Sufocado por Lennon e McCartney, que dificultavam a colocação de suas composições nos trabalhos do grupo, George, que tinha muitas músicas estocadas, lançou um álbum triplo, "All Things Must Pass", um enorme sucesso de público e crítica, que chegou ao primeiro lugar das paradas e obteve um disco sêxtuplo de platina por suas extraordinárias vendagens. Pelos dez anos que se seguiram, os fãs alimentaram a esperança de que pudesse ocorrer a volta do grupo, até que, em dezembro de 1980, John Lennon foi assassinado. Acabava ali, para desconsolo dos fãs, a chance de que os Beatles voltassem a ficar juntos. Sua música, no entanto, é eterna, e todos os discos do grupo permanecem em catálogo. Nunca antes houve nada que pudesse se igualar aos Beatles, nem haverá depois, em qualquer tempo.