segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Perdas

Entre os tantos fatos que podem ser abordados das ocorrências do período em que estive ausente desse espaço, duas perdas no meio musical me parecem de maior destaque. A morte de Natalie Cole, no final de 2015, e a de David Bowie, nos primeiros dias de 2016, deixam enormes lacunas na música. Natalie, filha de um cantor notável, Natr King Cole, mostrou ter brilho próprio, e não se escudar apenas no sobrenome ilustre. Com um estilo mais pop que o de seu pai, alcançou sucesso e reconhecimento público. Chegou a fazer um dueto virtual com seu falecido pai, interpretando "Unforgettable", um dos maiores sucessos de Nat King Cole. Nos últimos anos, com sérios problemas de saúde, esteve um pouco afastada dos holofotes, mas não será esquecida. A morte de David Bowie, mais do que o desaparecimento de um artista talentoso, é a saída de cena de um revolucionário. Bowie rompeu paradigmas, redefiniu conceitos, jamais se acomodou. Artista pop por excelência, sua atuação envolvia, principalmente nos primeiros anos de sua carreira, um forte apelo visual e performático. Ele não era um apreciador de fórmulas fáceis. Buscou sempre a inovação. Sua obra, muitas vezes, não pareceu palatável para o público médio, mas abriu novos horizontes musicais e obteve o reconhecimento de seus pares. Foi um ícone da música, e tem seu lugar garantido na história.

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