sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

A intervenção

Não é segredo para ninguém que o Rio de Janeiro vive um caos na segurança pública há muito tempo. O problema só se agrava, a cada ano e, nesse início de 2018, atingiu níveis intoleráveis. Com base nisso, o governo federal anunciou, hoje, a intervenção no setor de Segurança do Estado do Rio de Janeiro. O comandante militar do Leste, general Walter Souza Braga Neto, será o novo responsável pela segurança pública fluminense. A medida, como não poderia deixar de ser, causou grande impacto, e suscitou inúmeras teorias conspiratórias. No atual estágio do panorama político brasileiro, não se pode duvidar de nada, mas que a situação de insegurança no Rio de Janeiro exigia uma ação imediata, é um fato inquestionável. Há quem diga que a intervenção é uma nova etapa do golpe que derrubou a presidente Dilma Rousseff, que as eleições presidenciais não acontecerão, que é um artifício para Michel Temer buscar aumentar a sua popularidade, e, até, que é uma cortina de fumaça para enterrar a reforma da Previdência. Seja como for, a intervenção traz à população do Rio de Janeiro a esperança de obter um mínimo de segurança para a sua vida. O Rio de Janeiro não pode virar uma terra de ninguém, subjugado pelo tráfico e o crime organizado. Era preciso tomar medidas contra esse quadro. As opiniões sobre a intervenção são as mais variadas, e levantam, até mesmo a possibilidade dela ser inconstitucional. Para o cidadão acuado, no entanto, o que interessa é que ele possa ter restituído o seu direito de circular em paz pelas ruas. Resta esperar para ver quais serão os efeitos práticos de uma medida tão drástica.

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