segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Um túnel sem luz

Faltando pouco mais de um ano para as eleições em que serão escolhidos os integrantes das assembleias legislativas, da Câmara dos Deputados e do Senado, bem como os governadores e o presidente do país, a indefinição do quadro político é total. Há, até, quem duvide se a eleição presidencial ocorrerá, mesmo, ou se será dada sequência ao golpe. Se as eleições, em todos os níveis previstos, vierem a acontecer, ignora-se se será dentro das atuais regras, ou com monstrengos de última hora, como o distritão, no caso da escolha dos componentes dos parlamentos. Em termos de possíveis candidaturas ao cargo máximo da disputa, não se sabe se o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, do PT, líder em todas as pesquisas de intenção de votos, conseguirá concorrer, ou terá confirmada, em novo julgamento, a sua condenação á prisão. No PSDB, não há, ainda, a definição de um candidato. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, já se movimenta nesse sentido, mas o prefeito da capital paulista, João Doria Júnior, seu afilhado político, também aspira concorrer ao cargo. Enquanto isso, o presidente golpista e ilegítimo Michel Temer prepara um parlamentarismo às pressas, para ser iniciado ainda no seu governo. Paralelamente a tudo isso, os brasileiros mergulharam numa inexplicável apatia política, e assistem passivamente ao caos que se instalou no país. Para o Brasil, diante de tudo isso, não há luz no fim do túnel, nem mesmo a de um trem em sentido contrário. Só restou um túnel sem luz.

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