sexta-feira, 14 de julho de 2017

Cenário aterrador

Diante de um presente tão pavoroso, o que se pode projetar para o futuro do Brasil? Nada de bom, por certo. Um cenário aterrador é o que está se desenhando. As eleições  de 2018 poderão dar a cadeira de presidente para nomes como Jair Bolsonaro e João Dória Júnior. Bolsonaro seduz incautos com a defesa da truculência e da repressão como formas de colocar o país "em ordem". Dória, numa época de repúdio aos políticos, apresenta-se como alguém que não pertence ao meio e que, portanto, não tem os seus vícios, o que é uma fraude, mas que é tida como verdade por desavisados. A esquerda precisa construir uma candidatura que lhe dê viabilidade eleitoral, se o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva não puder concorrer. O tempo até lá é curto, e por isso mesmo, há que agir rápido para não permitir que o projeto de demofobia da direita seja legitimado pelas urnas. A esquerda precisa de um plano B, para salvar não só a si mesma, mas ao próprio país. Se o futuro se apresenta tão ameaçador, é necessário, pelo menos, sustentar a esperança de que ele possa ser melhor. Essa tarefa, urgente e intransferível, é da esquerda brasileira.

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