domingo, 27 de fevereiro de 2011

Moacyr Scliar

A morte de Moacyr Scliar priva-nos, a um só tempo, de um grande escritor e de um notável ser humano. Scliar foi um escritor prolífico, autor de mais de setenta livros. Sua obra primou, também, pela qualidade, o que o levou, além dos prêmio literários obtidos, a tornar-se um "imortal" da Academia Brasileira de Letras. Homem afável, extremamente gentil no trato com as pessoas, Scliar era muito apegado às suas origens. Porto-alegrense de nascimento, permaneceu residindo em sua terra natal, não realizando o êxodo, tão comum em escritores do seu nível, para o centro do país. O Bom Fim, bairro em que se criou, era uma referência constante em seus escritos. Homem pouco dado a paixões avassaladoras, mantinha uma relação distante com o futebol, mas fazia questão de revelar ser um torcedor do Cruzeiro, de Porto Alegre, clube que, em 2011, volta a ter destaque no cenário esportivo do Rio Grande do Sul, retornando à primeira divisão, da qual esteve ausente por 33 anos. Era, também, um praticante do basquete. Particularmente, sentirei muita falta de sua crônica dominical no jornal Zero Hora, leitura que, para mim, era obrigatória. Enfim, Moacyr Scliar se foi, pois da morte ninguém escapa. Porém, como "imortal" da ABL que é, sua obra permanecerá.

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