quarta-feira, 19 de maio de 2021

A força da rivalidade

Não é segredo para ninguém que os campeonatos estaduais são competições anacrônicas e pouco interessantes. Sendo assim, muitos não devem entender o porquê de clubes como São Paulo, Palmeiras e Flamengo terem poupado titulares nos jogos dessa semana pela Libertadores, privilegiando as decisões de seus campeonatos estaduais. Essa medida rendeu derrotas para os dois clubes paulistas, e um empate para o rubro-negro carioca, todos jogando na condição de mandantes. O que está por trás dessa atitude aparentemente insensata é a força da rivalidade entre clubes do mesmo estado. O Campeonato Estadual do Rio do Janeiro está sendo decidido entre Flamengo e Fluminense, dois rivais históricos. O mesmo acontece com São Paulo e Palmeiras, na decisão do Campeonato Paulista. O Flamengo é franco favorito para o título, mas o primeiro jogo terminou empatado. No caso de perda do título, isso representaria um "mico" para o Flamengo, e certamente implicaria na demissão de seu técnico, Rogério Ceni. Na decisão paulista, o fato do São Paulo não vencer a competição há 16 anos, faz com que o clube a considere prioritária. Por questões logísticas num país de dimensões continentais, as rivalidades clubísticas se desenvolveram dentro dos estados. Dessa forma, embora as disputas estaduais sejam pouco interessantes, elas são valorizadas porque representam a chance de se impor sobre um rival direto, com direito a fazer muita "zoação". Por mais que o futebol mude, as rivalidades estaduais não morrerão nunca.

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