segunda-feira, 18 de maio de 2020

O vídeo

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, irá assistir, hoje, a gravação da já famosa reunião ministerial do dia 22 de abril, na qual, segundo afirma o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, fica provada a tentativa de interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. Celso de Mello irá decidir, até o final da semana, se o vídeo terá o seu conteúdo revelado ao público, no todo ou em parte. Novas informações dão conta de que se todo o conteúdo da reunião for conhecido, os ministros Abraham Weintraub e Ernesto Araújo, respectivamente da Educação e das Relações Exteriores, perderão seus cargos. No caso de Weintraub, por ter ofendido todos os ministros do STF. Por sua vez, Araújo fez comentários desairosos sobre a China. A Advocacia Geral da União quer uma divulgação apenas parcial do vídeo, e a Procuradoria Geral da República defende o mesmo, mas de forma ainda mais restrita. Se isso acontecer, será mais um crime lesa-pátria. Não há porque auxiliar o governo a omitir fatos que interessam a todos os brasileiros. O decano do mais alto tribunal do país não pode se acovardar. O conteúdo do vídeo precisa ser inteiramente conhecido por todos. Não há porque blindar um governo que já deveria ter se encerrado, pelos tantos males que já causou ao país.

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