segunda-feira, 4 de maio de 2020

Aldir Blanc

O público nem sempre dá a devida consagração aos compositores, a menos que eles gravem suas próprias músicas. Os que se limitam a ter suas obras gravadas por outras vozes ficam fora do foco da mídia, o que dificulta seu reconhecimento pelas grandes massas. Esse é o caso de Aldir Blanc, que faleceu, hoje, aos 73 anos. Carioquíssimo, Aldir formou uma das maiores duplas de compositores do país com o mineiro João Bosco. Em parceria, os dois criaram várias pérolas da música brasileira. A maior delas, sem dúvida, foi "O Bêbado e a Equilibrista", composta em 1977, e gravada no ano seguinte por João Bosco e em 1979 por Elis Regina, que a tornou um clássico. Culto e inspirado, Aldir criava letras primorosas, valorizadas pelas belas melodias de João Bosco. A parceria foi rompida, depois de muitos anos, mas os dois se reaproximaram e reataram a amizade. Aldir também compôs com outros autores, sempre com brilho. Paralelamente à música,  escreveu livros. Suas composições permanecerão na memória dos brasileiros. Se não obteve fama e fortuna, Aldir deixa, inegavelmente, uma obra extensa e qualificada como compositor.

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