sábado, 25 de janeiro de 2020

A arbitragem estragou o jogo

Um jogo de futebol não deve ter o seu resultado determinado ou influenciado por decisões do árbitro. Cabe aos jogadores, com suas ações, determinarem os rumos de uma partida. Não foi o que se viu, hoje, na decisão da Copa São Paulo de Futebol Júnior, entre Grêmio e Inter, no Pacaembu. Depois de um primeiro tempo equilibrado, que terminou empatado em 0 x 0, o Grêmio tornou-se superior no segundo, o que se refletiu no gol contra que abriu o placar. Na comemoração Alisson, zagueiro do Grêmio subiu no alambrado e foi expulso, pois recebeu dois cartões amarelos. Na letra fria da lei, o árbitro teria agido certo, pois o ato em questão é punido com cartão amarelo. Porém, ao agir segundo a cartilha, a arbitragem estragou o jogo, causando prejuízos técnicos e psicológicos ao Grêmio. Pelo que se via no jogo, se a expulsão não tivesse ocorrido, a tendência era o Grêmio ampliar o placar, pois estava melhor na partida e um gol contra sempre abate a quem o sofre. Ao expulsar o jogador do Grêmio antes mesmo que a partida fosse reiniciada, o árbitro inverteu a tendência psicológica da partida, favorecendo o Inter. O Grêmio sofreu o empate, teve chances de vencer o jogo, mas a disputa foi para os tiros livres da marca do pênalti, que é uma forma de decisão lotérica, que não afere mérito. Nela, o Inter venceu por 3 x 1, mesmo tendo errado a primeira cobrança. O estrago, no entanto, já havia sido feito anteriormente. Ao não contemporizar a atitude de um menino que apenas manifestou sua euforia por um gol, o árbitro contribuiu decisivamente para que os rumos do jogo fossem alterados, desequilibrando o confronto, e maculando a grandiosidade da decisão.

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