domingo, 11 de fevereiro de 2018

Robôs que fazem sexo

A notícia de que já foram criados robôs que fazem sexo com seres humanos não deve ser analisada como algo simplesmente bizarro, ou por um viés moralista. O que transparece de uma invenção como essa é a evidência da solidão das pessoas no mundo atual. Nunca as pessoas estiveram tão conectadas, mas a interação social é cada vez mais precária. Há quem tenha 300, 500, 800, ou 1000 "amigos" no Facebook, mas mostre extrema dificuldade de se relacionar concretamente com alguém. Os robôs em questão imitam as formas humanas com riqueza de detalhes, seu "corpo" emite calor, e adaptam-se às preferências sexuais de seus usuários. O serviço é acionado por smartphone, como não poderia deixar de ser nos tempos atuais. Talvez no aspecto meramente físico, sensorial, a relação sexual com um robô possa até ser prazerosa, mas qual a gratificação interior desse ato? A cada dia, o convívio social torna-se mais deficiente, e as pessoas transferem para a tecnologia a tarefa de preencher o seu vazio interior. Evidentemente, isso não é possível. As máquinas podem operar maravilhas, e proporcionar grandes facilidades na vida de cada um, mas não são capazes de suprir a necessidade de afeto de quem é feito de carne e osso.

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