quinta-feira, 11 de maio de 2017

Aposta arriscada

Ao escolher Rogério Ceni, tido por muitos como o maior ídolo de sua história, para ser seu técnico, o São Paulo fez uma aposta arriscada, e que, até o momento, vem sendo mal sucedida. Rogério tinha deixado de jogar futebol apenas um ano antes de assumir o cargo, e não possuía experiência anterior como técnico. Ele procurou adquirir conhecimento teórico, propôs métodos modernos de trabalho, mas, na aplicação prática, os desafios são bem maiores. Nesses primeiros cinco meses como técnico, Rogério Ceni tem colecionado fracassos. O São Paulo foi eliminado nas semifinais do Campeonato Paulista, saiu precocemente da Copa do Brasil e, hoje, foi desclassificado, em pleno Morumbi, na primeira fase da Copa Sul-Americana pelo modesto Defensa y Justicia, da Argentina, que fazia seu primeiro jogo no exterior desde sua fundação. Ao São Paulo só resta, até o final do ano, a disputa do Campeonato Brasileiro. A diretoria do clube afirma que confia na continuidade do trabalho, e confirma a permanência de Rogério, mas todo e qualquer técnico é refém dos resultados. Parece pouco provável que Rogério Ceni consiga dar a volta por cima e obter melhores resultados. Com isso, sua carreira como técnico corre o risco de morrer no nascedouro. Para ser um técnico bem sucedido não basta ter sido um grande ídolo do clube como jogador, é preciso muito mais. Ao contratar Rogério para técnico, o São Paulo optou pelo pensamento mágico, algo que é muito frequente no futebol, e que, quase sempre, resulta em frustrações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O autor se reserva o direito de moderar os comentários. Textos com conteúdo ofensivo ou linguajar inapropriado não serão publicados neste espaço.