segunda-feira, 1 de maio de 2017

A desfaçatez de uma imprensa nada isenta

O Novo Hamburgo fez a melhor campanha do Campeonato Gaúcho e, depois de empatar o primeiro jogo da decisão da competição com o Inter, no Beira-Rio, possui o mando de campo da segunda partida. Nada mais natural, portanto, que o jogo seja realizado no Estádio do Vale, de sua propriedade, onde está invicto, até agora, no campeonato estadual. Estranhamente, no entanto, o Corpo de Bombeiros ainda não liberou as arquibancadas móveis que ampliam a capacidade do estádio, que necessita de uma capacidade de dez mil lugares num jogo desse porte. A Federação Gaúcha de Futebol deu um prazo ao Novo Hamburgo, até às 18 horas de amanhã, para obter a liberação, e indicou o Francisco Stédile, estádio do Caxias, como alternativa. O Inter, obviamente, pressiona para que o jogo seja em Caxias do Sul, alegando que o regulamento da competição está sendo desrespeitado. O que impressiona em toda essa história, entretanto, é a desfaçatez de uma imprensa nada isenta. Muitos jornalistas esportivos, defendendo os interesses do Inter de forma velada, afirmam que a partida deve ser mesmo em Caxias do Sul, pois, argumentam, o Novo Hamburgo joga bem em qualquer estádio, e a renda no Francisco Stédile seria bem maior. Puro cinismo de quem quer atropelar o direito conquistado em campo pelo Novo Hamburgo e retirar o equilíbrio técnico da decisão. Se o jogo não vier a ser confirmado para o Estádio do Vale, sob qualquer alegação, o campeonato estará, irremediavelmente, manchado.

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