segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Premissa falsa

Como se sabe, ao se partir de uma premissa falsa, se chegará a uma conclusão equivocada. Esse parece ser o caso do Grêmio. O clube ganhou a Copa do Brasil de 2016, é verdade, mas isso está longe de representar que possua um grande time. Cabe lembrar que o Grêmio ingressou na competição a partir das oitavas de final. Com isso, disputou, até o jogo do título, apenas oito partidas. Foram quatro vitórias, três empates e uma derrota, uma campanha não mais que razoável. Na verdade, para poder ambicionar outros títulos, como os do Campeonato Brasileiro e da Libertadores, o Grêmio precisaria encorpar significativamente o seu time, acrescentando quatro ou cinco novos titulares. A diretoria do clube parece não pensar assim. Aparentemente convencida de que o Grêmio possui um time muito bom, mostra-se letárgica nas contratações. Até agora, só confirmou uma, modesta, a do volante Michel, do Atlético Goianiense. As especulações de novos contratados giram em torno de apostas, como o atacante uruguaio Gbriel Fernandez,  do Racing (URU), ou um veteraníssimo jogador como Leonardo Moura, de 37 anos, que está sem clube depois que deixou o Santa Cruz, que foi rebaixado no Brasileirão. A letargia do Grêmio contrasta com a movimentação de clubes como o Palmeiras, por exemplo, que empilha novas contratações. A diferença de recursos financeiros em favor do clube paulista é um argumento a ser considerado, mas se o Grêmio tiver a ambição de ser campeão da Libertadores, competição que também terá a participação do Palmeiras, vai precisar acrescentar muito mais qualidade ao seu time.

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