terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Exportando talentos

O futebol brasileiro, nos últimos anos, vem exportando talentos de forma constante, que saem do país ainda muito jovens. Sem conseguir competir com as fortunas pagas pelo futebol europeu, os clubes brasileiros perdem suas grandes revelações e, o que é pior, por quantias muito abaixo do que verdadeiramente valem. O midiático futebol da Europa obtém sua força usando esse expediente vil proporcionado pela globalização econômica, levando, ainda em tenra idade, os melhores jogadores não só do Brasil, mas também de outros países sul-americanos como Argentina, Uruguai, Colômbia e Peru. Valendo-se do seu poderio econômico, cumprimenta com o chapéu alheio. Algo precisaria ser feito para pôr fim nessa situação, que desequilibrou o futebol mundial. Porém, isso é improvável, pois a Fifa tem sua sede na Suíça , e desde a saída do brasileiro João Havelange do cargo, vem sendo presidida por europeus. Os presidentes da Fifa só levam em conta os interesses financeiros que giram em torno do futebol, pouco se importando com o que não se relacione com a possibilidade de obter muitos ganhos. A maior revelação do futebol brasileiro nos últimos anos, Gabriel Jesus, deixou o país com apenas 19 anos para jogar no Manchester City. Agora, Vinicius, grande talento surgido no Flamengo, de apenas 16 anos, já vem sendo assediado por clubes espanhóis e ingleses. Os clubes brasileiros, enquanto isso, tem repatriado veteranos para se reforçar. Não é a primeira vez que abordo o tema nesse espaço. Por certo, também não será a última. Não aceito passivamente esse descalabro. Algo precisa ser feito para modificar esse quadro. O dinheiro não pode ser o único balisador das relações, no futebol ou fora dele.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O autor se reserva o direito de moderar os comentários. Textos com conteúdo ofensivo ou linguajar inapropriado não serão publicados neste espaço.