quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Perversidade

A perversidade do modo de ser da direita nunca ficou tão explícita quanto nos últimos dias. Numa postura de absoluto sadismo e de total demofobia, os governos do Rio Grande do Sul e da União prepararam, justamente na época das festas de final de ano, seus terríveis pacotes de maldades. No Rio Grande do Sul, o governador José Ivo Sartori extinguiu fundações estaduais que prestam serviços valiosos à sociedade. A economia para os cofres públicos com a extinção dessas instituições será insignificante. O único efeito prático, e cruel, será a demissão de centenas de funcionários, lançados ao desemprego que deixará suas famílias desamparadas. No plano federal, o presidente golpista Michel Temer propôs uma reforma que suprime conquistas históricas dos trabalhadores, flexibiliza seus direitos, e amplia a carga horária para níveis medievais. Temer, cinicamente, disse que se aproveita de sua impopularidade, que é a mais alta de um presidente do Brasil em todos os tempos, para aprovar medidas amargas. Sartori e Temer tem em comum o fato de pertencerem ao PMDB, um partido cujo único objetivo é estar sempre no poder, a qualquer preço. Utilizando-se da retórica que defende a "austeridade", a "racionalidade" e a "modernidade" na administração pública, sua intenção é a de esfolar os funcionários públicos e os trabalhadores em geral, e favorecer os grandes empresários e o capital especulativo. Por muito menos do que está acontecendo no Estado e no Brasil outros países já estariam vivendo uma guerra civil. A população gaúcha e brasileira, por enquanto, comporta-se como um boi que vai sendo levado para o matadouro. Será possível que o povo brasileiro não vá reagir diante de tanto descalabro? Está na hora dos brasileiros tornarem-se protagonistas da História, e não os meros coadjuvantes e figurantes de sempre.

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