sexta-feira, 17 de junho de 2016

A destruição da CLT

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) talvez seja o maior dos muitos legados do presidente Getúlio Vargas para o país. Ela garante aos trabalhadores uma série de direitos, como a jornada diária de oito horas, férias de 30 dias remuneradas, entre outros. Os empresários, desde sempre, combateram a CLT, e sempre desejaram flexibiliza-la ou, até mesmo, extingui-la. Agora, essa ameaça aos interesses dos trabalhadores está próxima de se concretizar. O ministro chefe da Casa Civil da Presidência da República, Eliseu Padilha, quer acabar com a CLT, para, alegadamente, aumentar a "competitividade" da economia. Os empresários odeiam a CLT porque, dizem, ela dificulta as contratações. Tudo porque a CLT estabelece direitos a serem pagos quando da dispensa de um empregado que inibem as demissões. O desejo da classe empresarial é que ocorra a supressão desses direitos. Dessa forma, demitir se tornaria mais fácil, o que, de uma forma perversa, facilita as contratações pela precarização do trabalho e pela rotatividade da mão-de-obra. Padilha é uma das figuras mais nefandas da política brasileira, que integra um governo ilegítimo e golpista. Um governo que chegou ao poder para fazer o serviço sujo com que a direita brasileira sempre sonhou. Resta á sociedade organizada impedir que a destruição da CLT, uma monstruosidade, venha a se concretizar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O autor se reserva o direito de moderar os comentários. Textos com conteúdo ofensivo ou linguajar inapropriado não serão publicados neste espaço.