quinta-feira, 12 de maio de 2016

A democracia sem povo

O Brasil é um país de singularidades. Há no país uma fruta que só é encontrada em seu território, a jabuticaba. O saudoso cantor e compositor Tim Maia também destacava outras peculiaridades brasileiras, como a prostituta que se apaixona, o gigolô que tem ciúme, o traficante que se vicia e o pobre que é de direita. Não política, existe uma outra singularidade brasileira que é a democracia sem povo. Os arautos do neoliberalismo, com suas propostas excludentes, se dizem defensores da democracia. A autêntica democracia é chamada por tais figuras de "populismo". O partido denominado Democratas é o antigo PFL , surgido do ventre da antiga Arena, legenda de sustentação da ditadura militar. O Partido Progressista é a própria Arena com outro nome. São partidos cuja principal característica é a demofobia, mas se autoproclamam "democrata" e "progressista". Diante disso, verifica-se uma outra característica marcante no Brasil, ainda que não seja uma exclusividade do país, que é a desfaçatez. Nesse aspecto, decididamente, somos insuperáveis.

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