sábado, 2 de abril de 2016

Estupidez em grau máximo

A atual radicalização política no Brasil está fazendo com que nos deparemos com fatos estarrecedores. Movidas pelo ódio político, muitas pessoas adotam atitudes que, em outros tempos, seriam impensáveis. O caso, ocorrido em Porto Alegre, em que uma pediatra recusa-se a continuar atendendo uma criança pelo fato de sua mãe ser petista é um exemplo disso. A atitude da pediatra é o que se pode chamar de estupidez em grau máximo. O mais chocante nesse caso, que vem sendo amplamente repercutido, nem é a postura da pediatra, mas que existam pessoas que defendam a sua decisão. O presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul defendeu o "direito" da profissional de agir assim por "razões de consciência", e o mesmo fez um colunista de jornal conhecido por suas posições reacionárias. Chegamos ao cúmulo do radicalismo, em que se tenta justificar uma atitude vil alegando que um médico não é obrigado a prestar serviços que "contrariem os ditames de sua consciência". Se esse tipo de posicionamento prosperar, em breve teremos médicos negando atendimento a um paciente por que ele torce para um clube rival do seu. Em vez de ser defendida pelo presidente do seu sindicato, e apoiada por um colunista de jornal, a pediatra deveria ser severamente punida, inclusive com a suspensão temporária do exercício profissional. Porém, no Brasil, as atitudes mais torpes são tratadas com indiferença por muitos, e apoiadas por outros tantos. Dessa forma, a vítima vira réu, e o algoz é inocentado.

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