sexta-feira, 27 de novembro de 2015

A declaração de Sartori

Nada é tão ruim que não possa piorar, ensina a sabedoria popular. Essa sentença se ajusta, de forma exemplar, ao governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori. Despreparado e inepto para o cargo que ocupa, Sartori é uma usina de más notícias e de previsões sombrias. Neoliberal, Sartori é do tipo que defende o enxugamento da máquina estatal, a venda de patrimônio público, enfim, a chamada "austeridade". Ontem, essa nefasta figura que eleitores incautos levaram ao poder, declarou que os funcionários públicos deveriam levantar as mãos para o céu por possuírem estabilidade no emprego. A declaração de Sartori deixa claro que, se dependesse apenas da sua vontade, ele demitiria um grande número de funcionários públicos, só não o fazendo por que a lei não permite. A administração de Sartori é um pesadelo para os gaúchos. Seu governo não tem projeto nem plano de ação. Seu único objetivo é o desmonte do Estado, tirando ainda mais dos pobres para dar aos ricos. O pior é que Sartori sequer completou o primeiro ano de mandato. A eleição de Sartori é a demonstração do quanto podem ser desastrosos os efeitos de escolhas irrefletidas de eleitores desinformados, que se deixam seduzir por estratégias de marketing e por uma cobertura de imprensa tendenciosa. As pessoas que pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff argumentam, entre outras alegações, que o país não resistirá a mais três anos de um governo que, entendem, está sem rumo. Por essa linha de raciocínio, haveria muito mais razão para que se operasse o impeachment de Sartori, pois, enquanto ele estiver no poder, o Rio Grande do Sul será uma nau à deriva.

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